Arquivos Sociedade - Instituto Brasil + Social https://institutobrasilsocial.org.br/category/sociedade/ Fazendo o bem Mon, 15 Apr 2024 02:15:50 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.5.3 https://institutobrasilsocial.org.br/wp-content/uploads/2023/08/290908796_158599380045002_963164927952034761_n-2-100x100.jpg Arquivos Sociedade - Instituto Brasil + Social https://institutobrasilsocial.org.br/category/sociedade/ 32 32 Enel distribui novas geladeiras para famílias na comunidade da Zona Leste https://institutobrasilsocial.org.br/enel-distribui-novas-geladeiras-para-familias-na-comunidade-da-zona-leste/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=enel-distribui-novas-geladeiras-para-familias-na-comunidade-da-zona-leste https://institutobrasilsocial.org.br/enel-distribui-novas-geladeiras-para-familias-na-comunidade-da-zona-leste/#respond Fri, 01 Mar 2024 02:14:33 +0000 https://institutobrasilsocial.org.br/?p=14014 A Enel está implementando o Projeto Energia Legal em nossa comunidade, trazendo uma série de benefícios diretamente para as famílias residentes. Priorizando aqueles que mais necessitam, o projeto visa não apenas combater o furto de energia, mas também fornecer serviços essenciais e orientações valiosas sobre consumo consciente de energia e segurança elétrica. Durante os dias...

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A Enel está implementando o Projeto Energia Legal em nossa comunidade, trazendo uma série de benefícios diretamente para as famílias residentes. Priorizando aqueles que mais necessitam, o projeto visa não apenas combater o furto de energia, mas também fornecer serviços essenciais e orientações valiosas sobre consumo consciente de energia e segurança elétrica.

Durante os dias 26, 27 e 28 de fevereiro, moradores tiveram a oportunidade de se cadastrar para participar do projeto no CEU Carrão, mediante apresentação da conta de luz em dia e RG. E hoje, dia 29, foi o dia tão aguardado para a troca de geladeiras e lâmpadas.

As famílias beneficiadas, que se enquadram no critério de renda de até 3 salários mínimos, receberam novas geladeiras, proporcionando não apenas maior eficiência energética, mas também melhorias significativas na qualidade de vida.

Além da troca de geladeiras, o projeto também ofereceu atendimento móvel, negociação de dívidas em condições especiais e orientações sobre o uso responsável da energia elétrica.

Essa iniciativa demonstra o compromisso da Enel em contribuir para o bem-estar das comunidades em que atua, fornecendo soluções práticas e acessíveis para as necessidades de energia de seus moradores.

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Inclusão social no esporte: oportunidade e igualdade. https://institutobrasilsocial.org.br/inclusao-social-esporte/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=inclusao-social-esporte https://institutobrasilsocial.org.br/inclusao-social-esporte/#respond Wed, 30 Aug 2023 13:00:00 +0000 https://institutobrasilsocial.org.br/?p=13392 A inclusão social no Brasil ainda é uma luta diária, em um país com tamanha desigualdade e questões sociais complexas. No entanto, a inclusão social no esporte surge como uma poderosa ferramenta para promover a socialização de pessoas em situação de vulnerabilidade. A prática esportiva vai além da competição, proporcionando oportunidades de integração e transformação...

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A inclusão social no Brasil ainda é uma luta diária, em um país com tamanha desigualdade e questões sociais complexas. No entanto, a inclusão social no esporte surge como uma poderosa ferramenta para promover a socialização de pessoas em situação de vulnerabilidade. A prática esportiva vai além da competição, proporcionando oportunidades de integração e transformação social.

Formas de inclusão

Uma das formas mais comuns de inclusão social por meio do esporte é a inclusão de pessoas com deficiência. O esporte adaptado permite que indivíduos com deficiências físicas, visuais, auditivas ou intelectuais possam participar ativamente de diferentes modalidades esportivas. Isso não apenas contribui para o desenvolvimento físico dessas pessoas, mas também para o aumento da autoestima. Essa integração promove a aceitação, o respeito e a valorização das diferenças, além da inclusão social e integração com a comunidade.

IGUALDADE SOCIAL

A inclusão social é um tema de extrema importância para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. Além disso, o esporte também tem o poder de quebrar estereótipos, responsáveis pelos diversos desafios que grupos minoritários enfrentam no Brasil.

Em muitas sociedades, mulheres têm sido marginalizadas e desencorajadas a praticar esportes, devido a ideias preconcebidas sobre a inferioridade física feminina. Sendo assim, ao se destacarem em diversas modalidades esportivas, as mulheres estão desafiando a ideia de que são inferiores física e mentalmente.

Atletas como Marta Vieira da Silva, considerada uma das maiores jogadoras de futebol de todos os tempos, e Adenizia Ferreira, renomada jogadora de vôlei, são exemplos inspiradores de mulheres que quebraram paradigmas e abriram caminho para outras mulheres no esporte. Além disso, com a promoção da igualdade de gênero nas atividades esportivas, mais mulheres estão assumindo papéis de destaque e provando que são tão capazes quanto os homens. Isso contribui para a desconstrução de estereótipos de gênero e para a valorização da igualdade.

No Brasil, o incentivo ao esporte como ferramenta de inclusão é fundamental para atingir um país mais justo e igualitário. É preciso garantir a todos o acesso à prática esportiva, independentemente de sua condição socioeconômica, gênero, raça ou deficiência. O esporte tem o poder de unir pessoas e fortalecer comunidades, promovendo, assim, a inclusão e a superação de desafios.

como solucionar o problema?

A inclusão social por meio do esporte é um tema que merece atenção e investimentos por parte do Estado e da sociedade como um todo. A prática esportiva oferece diversas oportunidades de integração, sociabilização, desenvolvimento pessoal e melhoria na qualidade de vida para muitas pessoas que são excluídas de outros espaços sociais.

Para que isso aconteça de forma efetiva, é necessário que haja investimentos em infraestrutura esportiva. Espaços adequados para a prática esportiva são fundamentais para que as pessoas possam experimentar e desfrutar de diferentes modalidades esportivas. As escolas, por exemplo, devem oferecer quadras esportivas, áreas de lazer e estrutura para a prática de diversas modalidades esportivas, proporcionando condições para que todas as crianças e jovens tenham acesso ao esporte.

Além disso, campanhas de conscientização são fundamentais para disseminar a importância do esporte como ferramenta de inclusão social. É essencial que a sociedade entenda o esporte como um direito de todos, independentemente de sua condição física, social ou econômica. Essas campanhas devem abordar também a diversidade no esporte, promovendo a inclusão de pessoas com deficiência, mulheres, pessoas LGBT+ e demais grupos que, muitas vezes, são marginalizados nesse ambiente.

No Brasil, o incentivo ao esporte como ferramenta de inclusão é fundamental para atingir um país mais justo e igualitário. Devemos entende que o acesso à prática esportiva deve ser garantido a todos, visando garantir não somente a inclusão, mas a superação de desafios.

Fontes: IAM e Sueli

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Redação: Ramom

Revisão: Jéssica Duarte

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Saúde de qualidade: É uma realidade para todos? https://institutobrasilsocial.org.br/saude-para-todosuma-realidade-distante/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=saude-para-todosuma-realidade-distante https://institutobrasilsocial.org.br/saude-para-todosuma-realidade-distante/#respond Sat, 05 Aug 2023 13:00:00 +0000 https://institutobrasilsocial.org.br/?p=13214 saude para todos: uma realidade distante No dia 5 de agosto, comemora-se o Dia Nacional da Saúde. Essa data conscientiza as pessoas sobre a importância de adotar hábitos saudáveis para alcançar uma saúde de qualidade. Essa data remete à figura do médico sanitarista Oswaldo Gonçalves Cruz, nascido em 5 de agosto de 1872. O seu...

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saude para todos: uma realidade distante

No dia 5 de agosto, comemora-se o Dia Nacional da Saúde. Essa data conscientiza as pessoas sobre a importância de adotar hábitos saudáveis para alcançar uma saúde de qualidade. Essa data remete à figura do médico sanitarista Oswaldo Gonçalves Cruz, nascido em 5 de agosto de 1872. O seu legado foi fundamental no combate e erradicação de epidemias no Brasil, como a febre amarela e a varíola.

Além disso, o Decreto-lei n.º 5.352, de 8 de novembro de 1967, oficializou e incluiu essa data no calendário oficial brasileiro.

A importância da saúde de qualidade

Quando falamos em saúde, pensamos em qualidade de vida, uma preocupação que vai além do indivíduo e abrange também a responsabilidade do Estado.

Conforme a Constituição de 1988, a saúde é um direito do Estado. Desse modo, as políticas sociais e econômicas devem reduzir os riscos de doenças e seus agravos. Além disso, o acesso, as ações e os serviços devem ser universais e igualitários para promover, proteger e recuperar a saúde de toda a população.

Entretanto, a realidade brasileira ainda está longe do ideal, deixando muitas pessoas desassistidas, especialmente aquelas em situação de vulnerabilidade social.

Vulnerabilidade Social e Saúde de Qualidade

A vulnerabilidade social ocorre quando as pessoas não têm acesso adequado às políticas públicas assegurados pelo Estado. Afinal, esses direitos devem abranger todos os brasileiros, como saúde, educação, alimentação, moradia, entre outros.

Segundo o artigo “Trabalhando o conceito de vulnerabilidade social”, a vulnerabilidade social está relacionada a diversos fatores, incluindo a vulnerabilidade na área da saúde.

Vulnerabilidade na área da saúde

Direito à saude para todos: uma realidade distante

Segundo o artigo “Vulnerabilidade em Saúde Pública: implicações para as políticas públicas”, fatores como moradia, alimentação, saneamento básico, meio ambiente, trabalho, renda, educação, transporte, lazer e acesso a serviços essenciais influenciam a vulnerabilidade na saúde. Afinal, esses fatores impactam diretamente a saúde e qualidade de vida das pessoas.

Os pesquisadores afirmam que pessoas que convivem com baixa renda estão mais suscetíveis a doenças agudas e crônicas. Bem como, estão vulneráveis a incapacidades mentais ou físicas, especialmente à medida que envelhecem, aumentando os riscos de acidentes.

Dessa forma, quando acometidas por doenças, essas pessoas enfrentam dificuldades de acesso ao serviço público de saúde, que muitas vezes não possui a qualidade necessária. Nesse contexto, destaca-se o Sistema Único de Saúde (SUS).

SUS: Desafios e Necessidades

Saúde de qualidade: acessível e inclusiva

Com a criação do Sistema Único de Saúde, mais conhecido como SUS, pela Constituição Federal, determinou-se que o serviço de saúde deveria ser oferecido de forma igualitária, universal e integral.

Entretanto, a realidade enfrentada nas cidades e metrópoles revela um cenário diferente. O que se vê com frequência são serviços de baixa qualidade, lotação e longos tempos de espera.

De acordo com o artigo “Direito à saúde de pessoas em vulnerabilidade em centros urbanos”, grandes cidades enfrentam fluxos de pessoas desordenados, com um grande número de migrantes vindos de cidades pequenas ou áreas rurais em busca de melhores oportunidades de emprego, moradia e saúde de qualidade.

Contudo, ao chegarem aos grandes centros, muitas vezes se deparam com altos custos de vida e têm dificuldade em encontrar emprego, levando muitos a residirem em áreas sem estrutura adequada, saneamento e moradias precárias, afetando negativamente sua saúde.

A concentração de pessoas nesses centros urbanos resulta em um grande número de indivíduos em condições de vulnerabilidade biológica, socioeconômica e cultural. Com o crescimento desordenado, a demanda pelos serviços do SUS aumenta, e o sistema, que não foi adequadamente planejado nem possui recursos suficientes, não consegue atender a todos de forma equitativa.

Muitas pessoas que procuram o Sistema Único de Saúde possuem necessidades específicas de saúde, tornando complexa a organização e o atendimento na rede pública, especialmente nas áreas urbanas mais populosas.

Iniciativas para uma saúde de qualidade

Uma vida saudável não depende apenas do indivíduo, mas sim de fatores estruturais, como mencionados anteriormente. O Estado desempenha um papel essencial no acesso à saúde de qualidade, mas, na prática, nem sempre consegue atender a todas as necessidades, deixando muitas pessoas desassistidas.

Por esse motivo, muitas instituições sem fins lucrativos, como as ONGs, acabam assumindo o papel do Estado e prestando auxílio a quem mais precisa.

Nesse sentido, apresentaremos algumas dessas instituições e como elas têm transformado a vida de diversas pessoas.

Organizações sem fins lucrativos

  1. Instituto Brasil Mais Social (IBMS): Em 2019, o Instituto Brasil Mais Social foi fundado por Niolanda Dantas, visando à promoção, prevenção e reabilitação de indivíduos, além da articulação de profissionais. Seu intuito é democratizar o acesso ao atendimento médico humanizado, especialmente para pacientes com câncer. Entre os projetos e ações estão o “Driblando o Câncer”, o aconselhamento nutricional e o “Tattoweek”.
  2. Amigos do Bem: Liderada por Alcione de Albanesi, essa ONG leva alimentos, roupas, atendimento médico, odontológico, entre outros, a mais de 60 mil pessoas nos estados de Alagoas, Ceará e Pernambuco.
  3. Lar Teresa de Jesus: Localizada em Belo Horizonte, essa ONG oferece serviços a pessoas com câncer no interior de Minas Gerais, como hospedagem para o paciente e um acompanhante, refeições e transporte para os hospitais. Além disso, oferece assistência social, psicológica, nutricional e enfermagem. Oficinas também são oferecidas com o objetivo de resgatar a confiança dos pacientes.
  4. Horas de Vida: Atuando nas cidades de São Paulo e Curitiba, essa instituição oferece atendimentos médicos, exames e doações de óculos, entre outras ações, por meio de uma rede de voluntários.
  5. Associação para Crianças e Adolescentes com Câncer (Tucca): Fundada em 1998 por médicos e sociedade civil na zona leste de São Paulo, essa instituição tem como objetivo melhorar a vida de crianças e jovens com câncer. Já atendeu mais de 3 mil pessoas.

Conclusão

Como abordado no texto, a saúde de qualidade ainda não é uma realidade para todos no Brasil. O poder público precisa propor políticas públicas de saúde mais inclusivas, priorizando a saúde de todos os cidadãos, especialmente os mais vulneráveis.

Entretanto, como também foi destacado, a saúde não é um fator isolado. Uma boa moradia, com saneamento básico de qualidade e o acesso ao emprego são fatores fundamentais para alcançar uma boa qualidade de vida.

O Sistema Único de Saúde desempenha um papel importante, mas pode e deve ir além. Com planejamento, gestão e investimento, é possível oferecer um serviço de qualidade para todos. Além disso, contar com a parceria das ONGs pode ser uma estratégia valiosa para alcançar esse objetivo, complementando os esforços do Estado na promoção de uma saúde de qualidade para toda a população brasileira.

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ONG resgata cavalos que sofrem maus-tratos e os coloca para adoção como pets https://institutobrasilsocial.org.br/ong-resgata-cavalos-que-sofrem-maus-tratos-e-os-coloca-para-adocao-como-pets/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=ong-resgata-cavalos-que-sofrem-maus-tratos-e-os-coloca-para-adocao-como-pets https://institutobrasilsocial.org.br/ong-resgata-cavalos-que-sofrem-maus-tratos-e-os-coloca-para-adocao-como-pets/#respond Fri, 04 Aug 2023 23:04:04 +0000 https://institutobrasilsocial.org.br/?p=13266 Foi pensando no quanto os cavalos sofrem maus-tratos no dia a dia, que Fernanda Karina Ramos Somaggio, profissional de relações públicas, decidiu criar um projeto que resgata esses animais e os abriga em uma espécie de santuário localizado em São Roque (SP). De acordo com a presidente e mantenedora da ONG Abraço Animal, ao contrário do que muitos...

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Foi pensando no quanto os cavalos sofrem maus-tratos no dia a dia, que Fernanda Karina Ramos Somaggio, profissional de relações públicas, decidiu criar um projeto que resgata esses animais e os abriga em uma espécie de santuário localizado em São Roque (SP).

De acordo com a presidente e mantenedora da ONG Abraço Animal, ao contrário do que muitos pensam, os maus-tratos contra cavalos não costumam ser praticados somente por carroceiros.

Às vezes, é necessário dar atenção a casos nos quais as pessoas se dizem “amantes dos cavalos”, mas, na verdade, não sabem como é realmente cuidar dos animais. Afinal, é difícil para um cavalo ser adepto a montarias e provas.

“Foi quando eu descobri tudo isso, o quanto os freios e bridões doem, o quanto apertar uma cela dói, e como tudo isso impacta na vida do animal que comecei a resgatar cavalos. E por amá-los acima de tudo”, conta.

Hoje, o santuário abriga 89 animais de grande porte, sendo 42 cavalos. No entanto, também há bois, cabras, porcos, cães e gatos resgatados no local.

Composta por sete mulheres, sendo Fernanda, sua filha Nayna, Ivete, Diana, Crys, Julia e Natália, a causa é constantemente apresentada como uma “ONG de mulheres que resgatam cavalos”.

A mantenedora também ressalta que o processo de adoção de um dos animais é extremamente rígido. “Eles não são disponibilizados para montaria e, sim, para pessoas que querem tutelá-los como pets, como animais de companhia. Para que eles não sejam montados ou explorados de nenhuma forma”, continua.

A maior dificuldade da ONG no momento é a arrecadação de fundos para manter o custo mensal, que gira em torno de R$ 23 mil para manter a estrutura e os animais em bom estado de saúde, considerando que eles sempre chegam ao extremo dos maus-tratos.

“Esse valor é investido na compra de feno, que, semanalmente, gera um custo de R$ 2.800, mais R$ 7 mil de ração, R$ 2 mil de alfafa, além dos medicamentos, assistência veterinária, aluguel e mão de obra para infraestrutura”, lista a fundadora.

Karina explica como é possível contribuir com a ONG. “As pessoas podem ajudar doando materiais como ração e feno, doando valores em dinheiro mensalmente por meio do apadrinhamento de algum dos animais, e compartilhando a seriedade do nosso trabalho”, completa. Para conhecer o trabalho da ONG e ajudar com doações clique aqui.

Fonte: g1

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Organizações realizam curso sobre a fome e desigualdades no Brasil https://institutobrasilsocial.org.br/organizacoes-realizam-curso-sobre-a-fome-e-desigualdades-no-brasil/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=organizacoes-realizam-curso-sobre-a-fome-e-desigualdades-no-brasil https://institutobrasilsocial.org.br/organizacoes-realizam-curso-sobre-a-fome-e-desigualdades-no-brasil/#respond Thu, 03 Aug 2023 23:05:24 +0000 https://institutobrasilsocial.org.br/?p=13271 Por Laura Leite Estão abertas as inscrições para o minicurso “Fome e Desigualdade no Brasil: muito além dos números”, uma parceria entre o Nós, mulheres da periferia, a Gênero e Número e a FIAN Brasil – Organização pelo Direito Humano à Alimentação e à Nutrição Adequadas. As inscrições começaram no dia  31 de julho e  serão encerradas no dia 7...

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Por Laura Leite

Estão abertas as inscrições para o minicurso “Fome e Desigualdade no Brasil: muito além dos números”, uma parceria entre o Nós, mulheres da periferia, a Gênero e Número e a FIAN Brasil – Organização pelo Direito Humano à Alimentação e à Nutrição Adequadas. As inscrições começaram no dia  31 de julho e  serão encerradas no dia 7 de agosto; podem ser realizadas neste link.

A formação irá acontecer no dia 17 de agosto, com 3h de duração, das 9h às 12h, e é voltada para profissionais da comunicação de todos os segmentos e veículos, e também para estudantes de comunicação que desejam aprofundar seus conhecimentos na cobertura qualificada sobre fome e desigualdades sociais a partir de uma perspectiva de gênero, classe e raça.

O curso será completamente gratuito, online, ao vivo e oferece certificado de participação. O curso prevê vagas afirmativas para mulheres, pessoas negras, PCD, indígenas e LGBTQIAPN+. Vagas limitadas, garanta sua inscrição.

O curso, que irá envolver material formativo e uma aula magna com duração de 3h, será dividido em três momentos, sendo o primeiro deles composto por explanações teóricas de especialistas no assunto; e oficinas práticas a partir das experiências e coberturas realizadas pelo Nós, mulheres da periferia e Gênero e Número.

As e os participantes terão acesso ao conteúdo da Pesquisa “Prato do dia: desigualdades. Raça, gênero e classe nos sistemas alimentares brasileiros”, inédita, a ser publicada pela FIAN Brasil nos próximos dias. Aprenderão a identificar quais são os principais dados e fontes de informação sobre a temática da fome no país e como construir narrativas humanizadas levando-se em consideração as questões de classe, gênero e raça.

Após participar do curso, os participantes serão convidados a concorrer a uma microbolsa no valor de R$2.000,00 para custear a produção de uma reportagem especial sobre o tema. A pessoa selecionada receberá tutoria dos veículos de mídia e poderá publicar sua reportagem até outubro.

“É extremamente importante qualificar a cobertura da fome em nosso país entendendo que as desigualdades estruturais passam também pelo racismo e pelo machismo. Com o curso, queremos mostrar nosso jeito de ver o mundo e cobrir o tema, sempre pensando as histórias das mulheres negras e periféricas com o cuidado e profundidade que merecem”, aponta Lívia Lima, co-fundadora e diretora institucional do Nós.

“Para olhar para a fome e para os sistemas alimentares de uma perspectiva de direitos é preciso retratar os seus fatores estruturais e reconhecer as desigualdades por trás da insegurança alimentar. E também reconhecer que a garantia deste direito é uma obrigação do Estado brasileiro, o que nem sempre é feito na cobertura deste tema, que tende mais a vulnerabilizar os sujeitos e valorizar a filantropia empresarial”, é o que aponta Mariana Santarelli, assessora de políticas públicas da FIAN Brasil.

Nós, mulheres da periferia é uma empresa jornalística fundada e administrada por mulheres negras e periféricas.

Gênero e Número é uma associação que produz e distribui jornalismo e informação orientados por dados e análises sobre questões urgentes de gênero e raça, visando qualificar debates rumo à equidade. A partir de linguagem gráfica, conteúdo audiovisual, pesquisas, relatórios e reportagens multimídia alcançamos e informamos uma audiência interessada no assunto.

Sobre a FIAN Brasil: Fundada em 2020, a FIAN Brasil – Organização pelo Direito Humano à Alimentação e à Nutrição Adequadas tem como missão contribuir para um mundo livre da fome e da má nutrição, no qual cada pessoa possa desfrutar plenamente dos seus direitos humanos, em particular o direito humano à alimentação e à nutrição adequadas (Dhana), com dignidade e autodeterminação. Com sede em Brasília, é uma seção da FIAN Internacional, atuante em mais de 50 países.

Esta iniciativa das organizações está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda da ONU de 2030, sendo os ODS 2, 3, 4 e 17, sendo fome zero e agricultura sustentável, saúde e bem-estar, educação de qualidade e parcerias e meios de implementação.

FONTE: REDAÇÃO OBSERVATÓRIO 3º SETOR

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A pessoa com câncer tem direito ao BPC (Benefício de Prestação Continuada)? https://institutobrasilsocial.org.br/direito-ao-bpc/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=direito-ao-bpc https://institutobrasilsocial.org.br/direito-ao-bpc/#respond Tue, 25 Apr 2023 13:00:00 +0000 https://institutobrasilsocial.org.br/?p=12573 Amparo Assistencial pode garantir para o portador o benefício de um salário mínimo mensal. Receber a notícia de um diagnóstico de um câncer não é fácil. A mudança na rotina, a dedicação ao tratamento oncológico, pode acarretar o afastamento do trabalho. Como resultado, a pessoa sem poder trabalhar, fica com a renda comprometida, e a...

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Amparo Assistencial pode garantir para o portador o benefício de um salário mínimo mensal.

Receber a notícia de um diagnóstico de um câncer não é fácil. A mudança na rotina, a dedicação ao tratamento oncológico, pode acarretar o afastamento do trabalho. Como resultado, a pessoa sem poder trabalhar, fica com a renda comprometida, e a situação torna-se ainda mais difícil.

Por isso, a importância da pessoa com câncer conhecer os seus direitos, como o acesso ao benefício de Prestação Continuada. No entanto, será que você pode ter direito ao BPC? É o que você verá neste artigo!

O que é o Benefício de Prestação Continuada (BPC)?

A construção do direito da Assistência Social é recente em nosso país. Somente em 1993, que foi promulgada a Lei Orgânica de Assistência Social, nº 8742. Conforme o Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à fome, o objetivo dessa lei é estabelecer normas e critérios para organização, sendo um direito de todos.

Entre essas normas está o Benefício de Prestação Continuada, sendo um direito mensal de um salário mínimo a um indivíduo com deficiência e ao idoso com 65 anos ou mais que provem não possuir condições de prover renda para si mesmo ou para sua família.

Quem possui direito ao BPC?

De acordo com o regulamento do benefício, entende-se como uma pessoa com deficiência, alguém que possui dificuldade de natureza física, mental, intelectual ou sensorial de longo prazo, incapacitadas de trabalhar, ou de ter uma vida independente.

Além disso, crianças de 0 a 10 anos e adolescentes de 12 a 18 anos, possuem acesso ao benefício. Contudo, outro critério, para obtenção do benefício, é a renda familiar ser de até um quarto do salário mínimo.

Aliás, em casos onde os pacientes sofram de doença em estágio avançado, por exemplo, o câncer, ou passe por consequências de sequelas irreversíveis do tratamento oncológico, pode recorrer ao benefício. No entanto, precisa comprovar que seu estado de saúde impeça de trabalhar e ter uma vida independente.

Como solicitar o benefício?

Além desses critérios, a pessoa com câncer não pode estar vinculado a nenhum regime previdenciário ou receber quaisquer benefícios.

O Benefício de Prestação Continuada não é transferível para herdeiros. Além disso, o requisitante não ganha o 13º salário. Entretanto, caso o beneficente esteja internado, terá concessão ao benefício.

Para solicitar o BPC, a pessoa deve agendar e comparecer ao INSS (Instituto Nacional de Seguro Social), onde passará por uma análise médica e social para avaliar a deficiência e o nível de impedimento.

Outro requisito para a concessão, manutenção e revisão do benefício é o requerente estar inscrito no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) e no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal – Cadastro Único. Ademais, o benefício é revisado a cada 2 anos, para avaliar a continuação aos quesitos que deu origem.

Para concluir, se na sua cidade não houver uma agência do INSS, é assegurada ao beneficiário o encaminhamento para o município mais próximo, para poder contar com a infraestrutura necessária para o atendimento e avaliação.

Quer saber mais sobre os seus direitos? Conheça o nosso projeto Advocacy

Fontes: Governo Federal e Instituto Nacional do Câncer (INCA)

Escrito por Adilson Junior

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A luta do Brasil contra a obesidade https://institutobrasilsocial.org.br/a-luta-do-brasil-contra-a-obesidade/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=a-luta-do-brasil-contra-a-obesidade https://institutobrasilsocial.org.br/a-luta-do-brasil-contra-a-obesidade/#respond Fri, 24 Mar 2023 13:00:00 +0000 https://institutobrasilsocial.org.br/?p=12560 Mais de 1 bilhão de pessoas no mundo são obesas. Desse total, 65% são adultos, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Ministério da Saúde afirma que a taxa de obesidade triplicou desde 1975 O Brasil é um dos países com maior quantidade de pessoas obesas no mundo. É o que mostra a pesquisa divulgada...

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Mais de 1 bilhão de pessoas no mundo são obesas. Desse total, 65% são adultos, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Ministério da Saúde afirma que a taxa de obesidade triplicou desde 1975

O Brasil é um dos países com maior quantidade de pessoas obesas no mundo. É o que mostra a pesquisa divulgada em 2014 pela revista Lancet. Conforme o estudo, o país concentra a 3º maior população obesa masculina e a 5º maior população feminina obesa.

Se em 2014 já eram mais de 30 milhões de pessoas obesas, com a pandemia do novo coronavírus, essa estatística se agravou ainda mais.

A pandemia transformou nosso modo de viver e de se relacionar, não é mesmo? Em vez de fazermos as tarefas fora de casa, começamos a fazer praticamente tudo dentro de casa, seja trabalhar, estudar, cozinhar, entre outras atividades.

De acordo com o Ministério da Saúde, as pessoas isoladas e fazendo tudo dentro de casa fez com que elas se tornassem mais sedentárias. Assim, com tantos afazeres, e o tempo para cozinhar uma alimentação saudável cada vez menor, muitos optaram pelo consumo de alimentos ultraprocessados.

Diante dessa realidade, hoje ficou marcado como o Dia Mundial da Obesidade. O objetivo da data é conscientizar e incentivar as pessoas a alcançar e manter o peso apropriado, por meio de hábitos saudáveis e tratamento adequado para poder reverter a obesidade.

Dessa forma, esse artigo possui como objetivo a conscientização sobre a obesidade, mostrando as suas causas, riscos e formas de prevenção.

Assim, o artigo será estruturado da seguinte maneira;

  • O que é obesidade?
  • Qual a diferença entre obesidade e sobrepeso?
  • A obesidade no Brasil.
  • Quais são as causas?
  • Sinais e fatores de risco.
  • Tratamento e prevenção contra a obesidade.

Boa leitura!

O que é a obesidade?

Conforme a Organização Mundial da Saúde, a obesidade é o acúmulo de gordura em nosso corpo. Segundo o Ministério da Saúde, a obesidade deve ser entendida como um conjunto de fatores que podem envolver questões históricas, biológicas, ecológicas, econômicas, sociais, culturais e políticas.
No entanto, o excesso de gordura também pode ser definido pela relação entre energia consumida e a energia gasta em atividades que realizamos no dia a dia.

Por exemplo, quando consumimos muitos alimentos ricos em carboidratos e açúcares, sejam eles com bom valor nutricional, como alimentos in natura, ou com baixo teor nutricional, como alimentos processados e ultraprocessados, eles rapidamente se transformam em gordura. Ela é gasta nas atividades essenciais para o funcionamento do corpo, como nas atividades da nossa rotina.

Entretanto, quando diminuímos as atividades e mantemos ou aumentamos o consumo de alimentos, essa gordura tende a acumular embaixo da pele, ou seja, nas células adiposas, que possuem como função armazenar gordura. Assim, esse acúmulo pode proporcionar o aumento de peso.

Alimentos in natura, processados e ultraprocessados

O Guia Alimentar para a População Brasileira, divulgado pelo Ministério da Saúde em 2014, apresenta quatro categorias de alimentos, conforme o processo empregado na sua produção:

  • Alimentos In Natura: são diretamente obtidos das plantas e animais, ou seja, não sofreram nenhuma alteração ao deixar a natureza. Por exemplo, podemos citar as folhas, legumes, frutas, leite e ovos;
  • Produtos extraídos de alimentos in natura: utilizados pelas pessoas para cozinhar e temperar os alimentos. Exemplos: óleos, gorduras, sal e óleos;
  • Alimentos processados: são produtos fabricados, onde adicionam sal, óleo ou açúcar a um produto in natura. Essas soluções ajudam preservar, conservar e até mudar o sabor dos alimentos, o qual, na maior parte das vezes, são enlatados ou embalados. Exemplos: frutas em calda, ervilha, milho, queijos, sardinha ou atum enlatados;
  • Alimentos ultraprocessados: são produtos cuja composição são de substâncias extraídas de alimentos (óleos, açúcar e sal, gorduras hidrogenadas, amido), como também de substâncias sintetizadas em laboratório (corantes, aromatizantes e realçadores de sabor). Exemplos: biscoitos, sorvetes, balas, molhos, macarrão instantâneo, refrigerantes, hambúrgueres, entre outros.

Qual a diferença entre sobrepeso e a obesidade?

Você deve estar se perguntando: “Eu entendi a definição de obesidade, mas como posso saber se uma pessoa pode ter obesidade?” A resposta é: através do IMC.

De acordo com o Ministério da Saúde, o Índice de Massa Corporal (IMC) foi criado no século XIX pelo matemático, Lambert Quételet. É um cálculo simples, cujo objetivo é identificar se a pessoa está com o peso ideal ou não.

Nesse sentido, para chegarmos a esse valor, basta saber o peso em quilogramas e dividir pela sua altura elevado ao quadrado.

Conforme a Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica, se o valor do índice é:

  • 18,5 kg/m² ou menos: pode ser um problema de desnutrição. A pessoa deve procurar um médico para entender o caso;
  • Entre 18,6 e 24,9 kg/m²: peso normal;
  • Entre 25 e 29,9 kg/m²: sobrepeso, considerado pré-obesidade. Indivíduos nessa faixa podem apresentar hipertensão e diabete. Antes de tomar medidas, é muito importante procurar um médico;
  • Entre 30 e 34,9 kg/m²: obesidade grau 1. Sinal de alerta de que é necessário ter cuidados. É preciso um acompanhamento com um nutricionista ou endocrinologista;
  • Entre 35 e 39,9 kg/m²: obesidade grau 2;
  • Acima de 40 kg/m²: obesidade grau 3. Alerta vermelho. Há grandes chances de haver doenças graves. A pessoa deve iniciar o tratamento o mais rápido possível.

A obesidade no Brasil

Em 2019, a Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) divulgou a estimação sobre a frequência e distribuição sociodemográfica de fatores de risco e proteção para doenças crônicas nas capitais dos 26 estados brasileiros e o Distrito Federal.

O objetivo da pesquisa era monitorar, por inquérito telefônico, a frequência e distribuição dos principais determinantes de Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT). Dessa forma, o público-alvo da pesquisa foi a população adulta, maiores de 18 anos, que residem em domicílios, com pelo menos, uma linha de telefone.

As entrevistas telefônicas aconteceram entre janeiro e dezembro de 2019.

Assim, os primeiros fatores determinantes para doenças crônicas não transmissíveis foram a obesidade e o excedente de peso. Como vimos anteriormente, as pessoas podem estar com excesso de peso quando o IMC está acima de 25 kg/m² e, com obesidade, quando está acima de 30 kg/m².

Excesso de peso

Conforme a pesquisa, as capitais brasileiras com o maior percentual de adultos com excesso de peso foram em Manaus (60,9%), seguido por Recife (59,2%) e Porto Alegre (59,2%).

Por outro lado, as capitais com os menores percentuais foram: Vitória (49,1%), São Luís (50,3%) e Salvador (51,8%).

Lembrando que esses números representam o total de homens e mulheres. No entanto, a pesquisa apresentou os dados relativos à população masculina e feminina.

De acordo com a Vigitel, de todas as capitais, o percentual de excesso de peso foi de 55,4%. Entretanto, o percentual foi maior em homens (57,1%) do que em mulheres (53,9%). Na população masculina, o percentual aumentou em homens com idade até os 44 anos e com mais de 12 anos de estudos.

Já as mulheres, o percentual foi maior em adultos com idades até os 64 anos, embora quanto ao nível de escolaridade, mulheres com menos anos de escolaridade apresentaram um maior percentual de excedente de peso.

A Obesidade

Em relação à obesidade, segundo a pesquisa, o percentual de adultos com obesidade foi maior nas capitais, como: Manaus, 23,4%, seguido por Rio Branco, 23,3%, e Macapá, com 22,9%.

Pelo contrário, os menores percentuais foram das cidades: Palmas,15,4%, São Luís, 17,2% e Teresina e Vitória, com 17,6%.

No conjunto das 27 cidades, o percentual de adultos obesos foi de 20,3%. Quanto à população masculina, o percentual aumentou em homens com até os 64 anos e em mulheres com até 54 anos. Além disso, a taxa de adultos obesos diminuiu conforme os anos de escolaridade.

Obesidade Infantil

A pesquisa Vigitel se limita apenas a população adulta maior de 18 anos. No entanto, não podemos deixar de falar da obesidade infantil.

De acordo com a World Obesity, a estimativa de crianças com obesidade, entre 5 e 9 anos, aumentará nas Américas de 19%, em 2020, para 23% em 2030.

Anualmente, a Word Obesity publica um Atlas sobre a obesidade, cujo objetivo é fornecer projeções sobre a obesidade adulta e infantil, sintetizando o quanto os países estão longe de atingir as metas globais da OMS sobre obesidade.

Segundo a instituição, a prevalência de crianças entre 10 e 19 anos nas Américas, em 2020, foi de 19%. A estimativa para 2030 é de 23%.

Conforme o relatório do Sistema Nacional de Vigilância Alimentar e Nutricional, em 2021, foram diagnosticadas no Brasil cerca de 356 mil crianças com obesidade, todas entre 5 e 10 anos. E esse número tende a aumentar, pois a estimativa é de que no Brasil, até 2030, tenha 7,7 milhões de crianças entre 5 e 19 anos com obesidade infantil,.

Dessa forma, em toda a América, esse número poder chegar a 44 milhões de crianças, segundo o World Obesity Atlas.

Portanto, pelos dados apresentados pela Vigitel e pelo Atlas Mundial da Obesidade, um grande parcela da população brasileira se encontra com excesso de peso ou obesidade. Mas, afinal, será que a principal causa da obesidade é o consumo exagerado de alimentos? Isso é o que veremos no próximo tópico!

As causas da obesidade

De acordo com o Atlas Mundial da Obesidade, a obesidade, como todas as doenças crônicas, possui uma ampla gama de fatores determinantes: biologia, genética, acesso à saúde, saúde mental, fatores socioculturais, equidade, alimentos ultraprocessados, economia, determinantes comerciais e determinantes ambientais.

Nesse sentido, o Caderno de Atenção Básica, do Ministério da Saúde, aponta que o consumo excessivo de alimentos, principalmente alimentos ultraprocessados, é o fator determinante mais imediato.

Conforme a pesquisa Vigitel, o percentual de adultos maiores de 18 anos que consumiram 5 ou mais grupos de alimentos ultraprocessados correspondeu a 18,2%, média de todas as capitais avaliadas.

Ainda segundo o Ministério da Saúde, as transformações ao longo da nossa história fizeram com o que a energia perdida se tornasse cada vez menor. Por exemplo, o deslocamento das pessoas do campo para a cidade e a industrialização dos alimentos que, por sua vez, diminuiu o esforço físico no trabalho e no dia a dia. O acesso fácil a alimentos industrializados e às facilidades das tecnologias torna favorável a aumento da obesidade.

Do mesmo modo, o Ministério da Saúde aponta fatores, identificados ao longo da vida, que podem tornar as pessoas mais suscetíveis à obesidade: ciclo reprodutivo, ganho de peso após a gravidez, menopausa, duração da amamentação. Também há fatores psicológicos: estresse, ansiedade, compulsão alimentar e até a suspensão do hábito de fumar e o uso de medicamentos.

Sedentarismo

Além de todos os fatores determinantes mencionados, não podemos esquecer do sedentarismo. Segundo os dados apresentados pela Ipsos, o Brasil é o país com menor adesão à prática de atividades físicas.

Dessa maneira, a pesquisa Vigitel também entrevistou pessoas sobre o tempo que passavam assistindo televisão ou usando computador, tablet ou celular.

De acordo com os dados, do conjunto das 27 cidades, o percentual de adultos maiores de 18 anos que passam mais de 3 horas assistindo TV ou usando computador, tablet ou celular correspondeu a 62,7%.

Outro dado relevante é o percentual de adultos inativos. Para o Vigitel, pessoas fisicamente inativas, não, praticaram qualquer atividade física nos últimos 3 meses e que não realizam esforços físicos no trabalho, em casa ou no deslocamento no dia-a-dia. A taxa média de inativos ficou por volta de 13,9%.

Sinais e fatores de risco

Como vimos, são diversos fatores que podem ser favoráveis à obesidade. Entretanto, ela pode acarretar alguns sinais e sintomas:

  • Falta de ar: devido ao peso do abdômen sobre os pulmões. Assim precisam fazer mais esforço para a realização das atividades;
  • Dificuldades para deslocar: seja uma caminhada ou ir ao trabalho, o excesso de peso pode ser prejudicial;
  • Dores no corpo: para sustentar o peso, há um esforço das pernas, costas, ombros e joelhos. Um simples caminhada pode se tornar bastante dolorida;
  • Dermatites: acúmulos de suor e sujeira nas dobras do corpo;
  • Impotência sexual: dificuldades no fluxo dos vasos sanguíneos e alterações hormonais;
  • Roncos: O acúmulo de gordura pode acometer diversas partes do corpo, inclusive o pescoço. Dessa forma, pode atrapalhar o fluxo de ar;
  • Varizes: modificação nos vasos e circulação sanguínea;
  • Ansiedade e depressão: as pessoas podem sofrer muitos julgamentos e preconceitos que prejudicam a sua autoestima e a busca por tratamento.

A obesidade é um fator de risco para quais doenças?

Conforme o Centro Especializado de Obesidade e Diabete Oswaldo Cruz, a obesidade é um fator de risco para diversas doenças, tais como:

  • Hipertensão arterial;
  • Doenças cardiovasculares;
  • Doenças cérebro-vasculares;
  • Diabetes tipo 2;
  • Câncer;
  • Pedra na vesícula;
  • Diminuição do colesterol bom;
  • Aumento do triglicérides, colesterol e da insulina;
  • Osteoartrite.

Tratamento e prevenção contra a obesidade

São tantos fatores de riscos que podem ser prejudiciais à saúde, que as melhores soluções são os tratamentos e a prevenção.

Assim, como mostramos no início do artigo, o consumo exagerado de alimentos – principalmente os ultraprocessados – e o sedentarismo são as causas que mais contribuem de imediato para a obesidade

De acordo com o Ministério da Saúde, a adesão de hábitos como a ingestão de alimentos ricos e nutrientes e a prática de atividades físicas podem ajudar a perder e manter o peso.

Existem outras formas para tratar a obesidade?

Conforme o Centro Brasileiro de Informação sobre Medicamentos (CEBRIM), há medicamentos que podem ajudar na diminuição do peso. No entanto, contribuem de forma temporária, nunca devem ser utilizados como única forma de tratamento.

Além disso, parte dos componentes dos medicamentos podem agir e provocar diversas reações: insônia, aumento dos batimentos cardíacos e da pressão arterial, intestino,preso, boca seca e nervosismo.

Cirurgia bariátrica e Injeção

Segundo o Ministério da Saúde, a cirurgia bariátrica, ou cirurgia de redução de estômago, modifica a forma do estômago, ou seja, diminui o seu tamanho, para absorver menores quantidade de alimentos.

Nesse sentido, a pessoa tende a ingerir menos calorias, impedido a ingestão excessiva. A cirurgia é indicada para pessoas com IMC acima de 40, isto é, obesidade grau 3.

Entretanto, também é recomenda para pessoas com IMC acima de 35 (obesidade grau 2), pois nesses casos, muitos dos pacientes já foram diagnosticados com doenças como diabete, hipertensão, colesterol, entre outras.

A cirurgia bariátrica pode ser realizada de duas formas:

  • laparoscopia: realização de um pequeno orifício no abdômen;
  • Aberta: através de um corte de 30cm.

Ademais, a bariátrica é uma cirurgia segura e uma das mais realizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). No pós-cirurgia, o paciente deve tomar cuidados para evitar complicações e efeitos colaterais.

Injeção contra a obesidade

Em janeiro desse ano, a Agência de Vigilância Sanitária (ANVISA) aprovou para uso no Brasil o primeiro medicamento injetável no combate à obesidade.

A injeção, conhecida como Wegovy, é produzida e desenvolvida pela farmacêutica dinamarquesa Nova Nordisk. Comercializada em países como os Estados Unidos e Japão, a medicação é indicada para pessoas que tenham pelo menos uma doença relacionada ao sobrepeso, como diabete tipo 2, hipertensão, entre outras.

Em contrapartida, a injeção não é indicada para mulheres grávidas ou em processo de amamentação. Além das contraindicações, a injeção pode gerar efeitos colaterais como: náusea, diarreia e vômito e constipação intestinal.

Funcionamento

O principal ativo do medicamento é a semaglutida, o mesmo componente utilizados em medicamentos para diabetes tipo 2 e para o controle de peso. Essa substância atua na redução da ingestão de alimentos, por meio da desaceleração do esvaziamento gástrico, e estimulando a secreção da insulina.

Para isso ocorrer, o medicamento age no cérebro, na região responsável pela saciedade, e avisa que chegou ao estômago comida suficiente. Dessa forma, a pessoa possui a sensação de saciedade.

A injeção é aplicada na região da barriga, uma vez por semana.

Comercialização

Apesar da aprovação da ANVISA, a medicação ainda não é comercializada. Ainda mais, necessita da avaliação na Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec) para que a injeção possa ser ofertada ao Sistema Único de Saúde (SUS).

Por fim, é muito importante lembrar de duas coisas: em primeiro lugar, procure um médico especialista antes de realizar um tratamento ou uma atividade. Cada caso é um caso. Em segundo lugar, apenas a medicação ou uma cirurgia não resolve totalmente o problema.

Além dos tratamentos, deve-se aliar com a mudança e a adoção de hábitos saudáveis. E claro, sempre com acompanhamento médico!

Escrito por Adilson Junior

Revisado por Jéssica Duarte

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O dia 8 de Março é conhecido como o Dia Internacional das Mulheres e, nessa data, é importante aprender a respeito dos eventos que levaram ao seu surgimento.

A Organização das Nações Unidas (ONU) criou O Dia Internacional da Mulher oficialmente em 1977. No entanto, desde o início do século XX, movimentos femininos utilizavam o dia 8 de março como uma data para celebrar a luta pelos direitos das mulheres.

Vários eventos influenciaram a criação da data, mas dois deles são lembrados como determinantes para sua oficialização. Confiram esses eventos a seguir.

Incêndio em Triangle Shirtwaist

O primeiro evento que iremos comentar ocorreu em 25 de março de 1911: um incêndio atingiu a fábrica de roupas Triangle Shirtwaist, nos Estados Unidos (confira mais detalhes clicando aqui).

Interior da Triangle Shirtwaist após o incêndio.

Foi o mais mortal acidente industrial da cidade de Nova York, matando 146 pessoas: 23 homens e 123 mulheres. Quem estava no prédio, teve pouca chance contra o fogo, pois as saídas estavam trancadas. A prática de fechar as portas das oficinas com intuito de impedir a saída para pausas durante o turno era uma das ações arbitrárias contra as trabalhadoras.

Além disso, o noticiário também revelou as péssimas condições de trabalho das vítimas. Alguns exemplos são as cargas horárias extenuantes, que podiam chegar a mais de 16 horas diárias; salários incrivelmente baixos e locais insalubres. Portanto, os fatos mostram que a realidade vivida pelas operarárias era dura.

Mobilização em São Petersburgo

Com o início da Primeira Guerra Mundial em 1914, as manifestações femininas durante o mês de março se tornaram também uma forma de protestar pelo término do conflito e pela paz. No período da guerra, um episódio definido pelo protagonismo feminino marcou o início do processo que colocou fim a 300 anos de monarquia na Rússia. A Revolução Russa, evento que transformou o mundo em 1917, teve nas mobilizações do Dia Internacional da Mulher um dos seus primeiros atos propulsores.

Naquele 8 de março, mulheres saíram às ruas de São Petersburgo para pedir por pão, melhores condições de vida e pela saída da Rússia da Primeira Guerra Mundial. Sendo assim, em fevereiro, operários russos já haviam começado a organizar uma série de protestos e greves.

No dia 7 de março, operários pararam a Putilov, maior fábrica da capital russa. Por conta disso, no dia seguinte, uma onda de insatisfação irrompeu entre as mulheres nas filas de racionamento de pão. Então, elas se juntaram aos comícios do Dia Internacional da Mulher e a mobilização tomou conta das ruas de São Petersburgo. Sendo assim, o movimento operário aderiu à manifestação e cerca de 50 mil trabalhadores entraram em greve. O evento marcou o início da chamada Revolução Russa de 1917. Além disso, as manifestações também fortaleceram a causa do sufrágio feminino no país.

A ONU declarou o ano de 1975 o Ano Internacional da Mulher. Por isso, ações e jornadas por todo mundo foram desenvolvidas pela entidade para promover a igualdade de gêneros e a proteção dos direitos das mulheres. Em 1977, a ONU oficializou a data 08 de março como o Dia Internacional da Mulher.

Revisado por Jéssica Duarte

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Nos últimos 10 anos, a população em situação de rua cresceu mais de 200%

O uso de drogas e álcool é um problema de saúde pública no Brasil. Mais de 3,3 milhões de pessoas no país são dependentes das drogas.

Nesse sentido, o Ministério da Saúde criou o Dia Nacional de Combate às Drogas e ao Álcool. O objetivo da data é conscientizar os brasileiros sobre as consequências e os perigos do uso de drogas e ingestão de bebidas alcoólicas.

Por consequência, o consumo excessivo dessas substâncias pode gerar abstinência, ou seja, a pessoa se torna totalmente dependente e não consegue viver sem elas. Muitos acabam indo parar nas ruas. Isso mesmo! É o que a Pesquisa Nacional sobre a População em Situação de Rua no Brasil apresenta na sua primeira e única edição.

Dessa forma, neste artigo, você vai entender a situação de dependência das drogas no Brasil e como acometem os moradores de rua. O texto será estruturado da seguinte forma:

  • O uso de drogas e álcool no Brasil;
  • Álcool e drogas: moradores de rua;
  • Os efeitos do álcool e das drogas no corpo;
  • Tratamento;
  • Conclusão.

O uso de drogas e álcool no Brasil

Em primeiro lugar, precisamos definir o que são drogas e bebidas alcoólicas. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), as drogas são substâncias em forma sintética ou natural que, ao serem utilizadas, podem causar certa dependência psicológica ou química, conforme a dose usada.

Elas são classificadas em drogas lícitas e ilícitas. As drogas lícitas são elementos psicoativos, cuja fabricação, venda e consumo não constituem crime. Por exemplo, podemos citar o álcool e o tabaco. Já as drogas ilícitas são elementos psicoativos, cujo processo de produção e consumo é considerado crime. Dentre elas, estão: maconha, cocaína, crack, êxtase, inalantes, entre outros.

O álcool que mencionamos anteriormente é utilizado na fabricação de diversos tipos de bebidas, como cerveja, vinho, uísques, cachaça etc. Embora vender não seja crime, há exceções, como a proibição de vender bebidas alcoólicas para menores de 18 anos.

Pesquisa sobre o uso de drogas no país

Como falamos no primeiro tópico, a venda de bebidas alcoólica é proibida para menores. Entretanto, o 3º levantamento nacional sobre o uso de drogas pela população brasileira mostra uma realidade um pouco diferente.

O relatório, divulgado em 2017, é resultado das parcerias entre a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a Secretaria Nacional sobre Drogas (SENAD). A pesquisa foi realizada em 2015 e contou com a participação de mais de 16 mil pessoas, entre 12 e 65 anos, de todo país.

Consumo de álcool no Brasil

Conforme o relatório, a estimativa de pessoas que consumiram bebidas alcoólicas durante a vida corresponde a mais de 101 milhões, tendo elas entre 12 e 65 anos.

Em relação à faixa etária, cerca de 34,3% das pessoas entre 12 e 17 anos consumiram bebidas alcoólicas durante a vida. São 7 milhões de crianças e jovens. Nos últimos 30 dias, quando a pesquisa foi realizada em 2015, a porcentagem equivalia a 8,8%.

Outro dado alarmante é o consumo de álcool em binge, isto é, a ingestão de grandes quantidade de bebidas no pequeno intervalo de tempo. Em pessoas entre 12 e 17 anos, correspondeu a 5%.

O relatório também divulgou os dados sobre consumo de bebidas alcoólicas conforme o grau de instrução. Segundo a pesquisa, cerca de 76,5% das pessoas com ensino superior completo ou com pós-graduação consomem mais do que as pessoas sem instrução ou ensino fundamental incompleto, as quais o consumo gira em torno de 69,5%.

Nos últimos 12 meses, a partir da data da entrevista, a proporção diminui, embora pessoas graduadas ou pós-graduadas ainda consumiram mais do que as pessoas sem instrução, em torno de 56,4% a 36% respectivamente.

Quanto à idade do primeiro consumo de bebida alcoólica, dos brasileiros com idades entre 12 e 18 anos, a média de idade para o primeiro consumo foi de 13,5 anos. Das 101 milhões de pessoas que ingeriram bebida alcoólica alguma vez na vida, a mediana foi menor para homens (15,1 anos), do que para as mulheres (17,1 anos).

O consumo de Tabaco no Brasil

Esse levantamento é um dos estudos mais completo divulgado no Brasil, pois abrange a utilização não só do álcool e o tabaco, mas também de drogas ilícitas. Além disso, a pesquisa abrangeu municípios de todas as regiões brasileiras.

De acordo com o relatório, 26,4 milhões de brasileiros, entre 12 e 65 anos, consumiram tabaco nos últimos 12 meses. Só para ilustrar, muitos produtos utilizam o tabaco na composição, como: cigarro industrializado; cigarro de cravo ou Bali, de palha ou enrolado à mão; charuto; cigarrilha; cachimbo e narguilé; tabaco de mascar, aspirar ou rapé.

Nessa mesma faixa etária, estimou que cerca de 51,2 milhões de pessoas consumiram cigarro industrializado na vida. E, nos últimos 12 meses, foram mais de 23 milhões de pessoas.

Além disso, desse total, a maioria das pessoas que consumiram cigarro industrializado é homem, cerca de 28,8 milhões. As mulheres representam cerca de 22,4 milhões de pessoas.

Estimativa de consumo de cigarro por faixa etária, escolaridade e idade do primeiro consumo

A pesquisa demonstrou que cerca de 7 milhões de crianças e adolescentes já utilizaram bebida alcoólica pelo menos uma vez na vida. Nesse sentido, com o cigarro, os dados divulgados também são preocupantes.

Dessa forma, cerca de 1,3 milhões de adolescentes, entre 12 e 17 anos, já consumiram cigarros industrializados na vida. Em relação às outras faixas etárias pesquisadas, as pessoas que mais consumiram o cigarro ao longo da vida possuíam idades entre 45 e 65 anos.

Quando apresentamos o consumo de álcool por grau de escolaridade, vimos que as pessoas com ensino superior ou pós-graduação consumiam mais do que as pessoas sem instrução ou com ensino fundamental incompleto.

Entretanto, no consumo de cigarros industrializados, aconteceu o oposto. Mais de 20 milhões de brasileiros sem instrução ou com ensino fundamental incompleto consumiram cigarro durante a vida, enquanto cerca de 5 milhões possui o ensino superior completo ou pós-graduação.

Outra questão abordada é a idade do primeiro consumo. Entre as 51 milhões de pessoas que consumiram cigarro industrializado, pelo menos uma vez na vida, a idade mediana de início de consumo foi de 15,1 anos para homens e 14,9 anos para as mulheres.

Uso de substâncias ilícitas pelos brasileiros

Mais de 15 milhões de indivíduos afirmaram que já utilizaram alguma substância ilícita ao longo da vida. Desse valor total, a maioria são homens, totalizando 11 milhões. As mulheres representam cerca de 4 milhões de brasileiras.

Nos últimos 30 dias anteriores à pesquisa, acima de 2,5 milhões de homens utilizaram alguma substância ilícita, enquanto as mulheres, mais de 530 mil.

No que se refere à faixa etária, jovens e adultos entre 18 e 44 anos foram os que mais utilizaram substâncias ilícitas no decorrer da vida. No entanto, a estimativa de jovens entre 12 e 17 anos que já utilizaram em algum momento da vida correspondeu a 834 mil.

Entre as substâncias ilícitas mais utilizadas na vida, nos últimos 12 meses e nos 30 dias anteriores à entrevista, foram: maconha, haxixe, skank, cocaína, solventes, crack e similares

Estimativa quanto ao uso de mais de uma substância ilícita

Quanto a escolaridade, não há diferenças entre níveis de instrução. Contudo, pessoas com ensino médio completo e ensino superior incompleto, foram as que mais usaram durante avida, em torno de 5,1 milhões.

No que tange a mediana do primeiro consumo, a idade foi de 16,6 anos, tanto para homens como para as mulheres. Em contrapartida, entre jovens de 12 e 17 anos, a média de idade para o primeiro consumo foi menor, 13,1 anos.

Aliás, os dados que apresentamos foram quanto a utilização de uma droga apenas. Entretanto, o relatório também mensurou a estimativa de pessoas que utilizam mais de uma: álcool e tabaco (17,8 milhões); álcool e pelo menos uma substância ilícita (3,9 milhões).

Os brasileiros com menor grau de escolaridade foram os que mais consumiram substâncias ilícitas com o álcool ou o tabaco. Só que há exceções: pessoas com o ensino médio completo ou ensino superior incompleto foram as que mais usaram álcool, seja com alguma substância ilícita ou medicamento não prescrito.

Drogas e álcool: população de rua

Até aqui, vimos que as drogas acometem pessoas de todas as idades e classes sociais. Assim, o que começa com uma pequena dose, para muitas pessoas podem gerar dependência, ou seja, para o indivíduo, torna-se impossível viver cada dia sem beber ou fumar.

Conforme o relatório do levantamento nacional sobre a utilização de drogas pela população brasileira, cerca de 2,3 milhões de brasileiros, entre 12 e 65 anos, apresentaram dependência por álcool nos últimos 12 meses anteriores à pesquisa.

Nessa mesma faixa etária, 1,2 milhões de pessoas eram dependentes de alguma substância ilícita, entre as mais frequente: maconha, benzodiazepínicos e cocaína.

Nesse sentido, a dependência pode levar a decisões como morar nas ruas. Dentre os principais motivos para as pessoas morarem nas ruas estão as drogas e o álcool.

Conforme o Primeiro Censo e Pesquisa Nacional sobre a População de Rua realizada entre Agosto de 2007 e março de 2008 pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), os maiores motivos para as pessoas irem morar nas ruas são o uso de drogas ou o alcoolismo (35,5%). Em segundo lugar, a perda de emprego (29,8%) e, por fim, conflitos familiares (29,1%).

De acordo com o CREAS, há diferença entre pessoas em situação de rua e moradores de rua. As pessoas em situação de rua dormem embaixo de pontes, ruas, praças ou edifícios abandonados para pernoitar. Por outro lado, os moradores de rua possuem vários motivos ou fatores para decidirem viver nas ruas.

Número da população de rua no Brasil

Segundo uma pesquisa feita pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), divulgada ano passado, a estimativa da população em situação de rua é maior nos últimos 10 anos, em torno de 281 mil brasileiros. Um aumento de 211% em comparação com o ano de 2002.

A maioria da população concentra-se na região sudeste e também nas grandes metrópoles, como a cidade de São Paulo. O Observatório Brasileiro de Políticas Públicas aponta que a estimativa da população em situação de rua na capital de São Paulo corresponde a mais de 42 mil pessoas.

Além disso, o Mapa da Desigualdade da cidade de São Paulo, também divulgado em 2022, aponta que grande parte da população de rua está na região central, onde também está localizada a “Cracolândia”.

A “Cracolândia” é uma região onde acontece a venda e o consumo de drogas, como o crack, entre outras. É um problema antigo em São Paulo. Ao longo dos anos, a “Cracolândia” mudou de localização, aumentando a sua atuação. Entretanto, houve poucos avanços em solucionar esse problema.

De acordo com a pesquisa da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 56,8% dos dependentes afirmaram que vivem ou dorme no local, na maioria das vezes. Do total de respondentes, 8,3% falaram que já viviam em situação de rua antes de frequentar a “Cracolândia”.

Quais são os efeitos do álcool, cigarro e drogas ilícitas no corpo?

No início do artigo, falamos que o alcoolismo e o uso de drogas são grandes problemas de saúde. Mostramos as estatísticas, e os números não são nada animadores. A cada ano, aumenta o número de pessoas dependentes

No entanto, a dependência e o consumo excessivo podem acarretar diversas consequências ao corpo humano. Segundo a Associação Paulistana para o Desenvolvimento da Medicina, podem prejudicar vários órgãos, como:

  • Sistema Nervoso Central: pode causar problemas de atenção, sonolência, perda de reflexo, perda de memória, podendo levar até a morte;
  • Coração: aumento da frequência dos batimentos cardíacos;
  • Fígado: devido ao ritmo do álcool consumido, pode alterar a produção de enzimas. Por consequência, pode levar à cirrose, à inflamação grave e até à hepatite alcoólica;
  • Estômago: irritação das mucosas do estômago e do esôfago, acarretando diarreia, gastrite e esofagite;
  • Rins: comprometimento do sistema de filtragem pelo efeito diurético do álcool.

Os efeitos do cigarro e das drogas ilícitas

O cigarro é um dos produtos que contém tabaco mais consumido no Brasil, um dos principais causadores do câncer de pulmão. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de pulmão é o terceiro tipo de câncer mais comum em homens e o quarto mais comum nas mulheres.

Além do câncer de pulmão, o cigarro pode ocasionar diversos efeitos tóxicos. Conforme o Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas, os efeitos são: pneumonia, problemas coronarianos, aumento da pressão arterial e frequência cardíaca e desenvolvimento de câncer em regiões por onde a fumaça percorre, como garganta, língua, laringe, faringe e o esôfago.

Da mesma forma, as drogas como crack, cocaína, êxtase, entre outras drogas ilícitas, podem proporcionar efeitos, como as sensações de euforia e de agitação ao consumir, bem como desespero, ansiedade ou estresse quando não pode consumir. Além disso, elas podem causar diversos sintomas, como: aumento de batimentos cardíacos, perda de apetite, tremores, falta de sono, aumento da pressão arterial, desenvolvimento de doenças mentais e até câncer.

Tratamento

Neste artigo, mostramos o número de brasileiros dependentes das drogas e os seus efeitos devastadores. Entretanto, é possível se tratar, basta procurar ajuda. No entanto, são poucas pessoas que buscam o tratamento.

De acordo com 3ª Levantamento Nacional sobre o consumo de drogas pela população brasileira, em 2015, quando foi realizada a pesquisa, estimou-se que 1,6 milhões de pessoas entre 12 e 65 anos buscaram tratamento ao longo a vida. Esse número corresponde a apenas 1,4% dos indivíduos que reportaram usar álcool, tabaco ou alguma outra substância durante a vida.

Desse total, dois pontos que merecem atenção: em primeiro lugar, dos brasileiros que buscaram tratamento, cerca de 64% eram homens, e as mulheres representavam menos de 30%.

Em segundo lugar, os indivíduos sem instrução, fundamental completo e incompleto e ensino médio incompleto representam por volta de 60% das pessoas que procuraram tratamento ao longo da vida. As pessoas com superior completo ou pós-graduação correspondem a 10,5%.

A pesquisa apontou que as substâncias que as pessoas mais buscaram por tratamento foram as bebidas alcoólicas e o tabaco. Das drogas ilícitas, a cocaína em pó foi a substância que os indivíduos procuraram se tratar. Em relação aos estabelecimentos que oferecem o tratamento, as internações em comunidades, fazendas terapêuticas, unidades de acolhimento, albergue e casa viva foram os mais procurados.

Conclusão

Em síntese, precisa haver maior esforço por parte do poder público, tanto na esfera municipal, quanto estadual e federal, porque, segundo o levantamento, foram nos grandes centros, como as capitais e grandes cidades, onde as pessoas mais procuram tratamento contra as drogas. Por consequência, é onde se concentra grande parte de estabelecimentos, como as clínicas, fazendas comunitárias, albergues, entre outros.

Por isso, é necessário elaborar pesquisas para que se possa ter dados recentes e atualizados que ajudem a conhecer a população brasileira e possam servir de base para a tomada de ações. Políticas públicas mais abrangentes e amplas para que o tratamento não fique somente nos grandes centros.

Por outro lado, o enrijecimento das leis de proibição de venda de bebidas alcoólicas para menores e também maior controle e fiscalização das fronteiras no combate ao tráfico de drogas são fundamentais para podermos reverter a situação.

E, por fim, olhar mais para a população em situação de rua, tão esquecida e negligenciada, que constantemente grita por socorro e não é ouvida. A última pesquisa realizada sobre os moradores de rua foi em 2008. Mais de 14 anos se passaram, pouco os conhecemos. Como vimos, muitos estão passando por dificuldades, necessitando de ajuda. Não podemos ficar de braços cruzados. Precisamos mudar essa realidade.

Escrito por Adilson Junior

Revisado por Jéssica Duarte

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Devido ao aumento crescente, o processo de contagem dos moradores de rua tornou-se uma tarefa desafiadora para os pesquisadores. Políticas públicas surgem para conter o avanço.

O dia 13 de maio de 1888, data em que foi declarada a abolição da escravatura, foi quando os negros obtiveram a sua liberdade no território nacional. Embora tivessem a sua independência, não tinham um lar e muito menos renda para sobreviver. O governo do período tampouco lhes forneceu auxílio. Esse cenário de negligência colaborou com o aumento da quantidade de pessoas desempregadas, trabalhadores temporários, moradores de rua e de crianças abandonadas.

Além disso, após a abolição, o Ministério da Justiça enviou um projeto denominado “repressão à ociosidade” cujo objetivo era controlar a circulação de negros nos espaços urbanos. Tal discriminação também estava explícita em forma de lei, mediante o decreto número 847/1890, arts. 399 e 400, que penalizavam a vadiagem e a pena era de 15 a 30 dias de prisão. Somente em 2009 essa lei veio a ser revogada.

Passados 134 anos desde a abolição até os dias atuais, as desigualdades entre brancos e negros continuam se perpetuando, além do preconceito e da discriminação que essa parcela da sociedade sofre.

Neste artigo, vamos expor uma das desigualdades presente em nosso cotidiano: os moradores de rua. Além disso, vamos mostrar a evolução de políticas públicas voltadas para esses indivíduos.

Pesquisa IPEA: moradores de rua no Brasil.

Segundo o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), os moradores de rua são grupos heterogêneos que possuem em comum a extrema pobreza, a inexistência de vínculos familiares e renda. Conforme a Pesquisa Nacional sobre a População em Situação de Rua, 67% dos entrevistados são pessoas negras.

A pesquisa IPEA divulgada em dezembro do ano passado, apresentou a evolução da população de rua no Brasil no período entre 2012 e 2022.

De acordo com o estudo, o número de moradores de rua estimado para esse ano é de 281.472 mil pessoas. Em 2012 esse número era bem menor, de 90.480 mil pessoas. Nesse meio tempo houve uma evolução negativa de 211%. Durante estes 10 anos, a população de rua em nenhum momento diminuiu, apenas cresceu, até chegarmos a essa triste estatística.

Um dado importante também divulgado na Pesquisa Nacional sobre a População em Situação de Rua, é o período que as pessoas passam nas ruas. De acordo com o estudo, cerca de 30% passam 5 anos ou mais vivendo e dormindo nas ruas.

A Pesquisa IPEA, além de trazer o total de moradores de rua no Brasil, também explanou a situação nas regiões brasileiras. A região sudeste concentra mais da metade da população de rua, em torno de 151 mil indivíduos. Nos últimos 10 anos, a região sudeste apresentou a maior evolução no que se refere ao número de moradores de rua. Em 2012, eram 46.702 mil pessoas, em 2022, subiu para 151.030 mil pessoas.

Como é calculada essa estimativa?

Desde 2013, cada Secretaria Municipal de Assistência Social deve informar ao Ministério da Cidadania, por meio de uma pesquisa, a soma de pessoas em situação de rua em seus respectivos municípios.

Mas, afinal, como as secretarias obtêm os dados?

Anualmente, o Ministério da Cidadania recolhe as informações através de um questionário respondido de forma online, denominado Censo Suas. Como parâmetro para o Censo, as secretarias, além das pesquisas de campo, adquirem esses dados, através do Cadastro Único. As pessoas ou famílias que queiram ser incluídas pelos programas sociais, sejam eles municipais, estaduais ou federais, devem realizar seu cadastro, denominado, Cadastro Único. Todos os cadastros registrados formam uma base de dados que contém diversas informações relevantes de famílias, pessoas em situação de vulnerabilidade social e moradores de rua por município.

Conforme o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, 28 programas federais utilizam a base do Cadastro Único para a administração de suas ações como: Bolsa Família, Benefício de Prestação Continuada, Tarifa Social de Energia Elétrica, Criança Feliz e muito mais.

Leia mais: Os impactos da fome na sociedade brasileira.

Partindo dessas informações, é possível pensar em políticas públicas voltadas a essa parcela da sociedade, já que os dados são atualizados mensalmente. No caso das pessoas em situação de rua, informações como características socioeconômicas e tempo que residem nas ruas podem ajudar a planejar ações mais efetivas.

Entretanto, há limitações. Em primeiro lugar, o total de moradores de rua, registrados no Cadastro Único, é muito menor, no que diz respeito ao número real de pessoas em condição de rua. Logo, os dados obtidos podem estar subestimados.

Contudo, além do Cadastro Único, há outra forma de se conseguir dados e informações sobre a população de rua: as ações e serviços efetuados nos CRAS, CREAS e Centros POP.

O papel dos CRAS, CREAS e POP no apoio aos moradores de rua.

Apesar de 88,5% dos moradores de rua não receberem benefícios dos órgãos governamentais, as políticas públicas, como os CRAS, CREAS e Centros POP, possuem um papel importante no combate às desigualdades.

Centro POP.

O Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro POP) é um espaço que recebe os moradores de rua. De acordo com a página do Governo Federal, alguns exemplos de atividades oferecidas são: distribuição de refeições, banheiros para tomarem banho, espaço para lavarem roupas, esclarecimentos de dúvidas sobre os seus direitos e ajuda para obter documentos pessoais, entre outros serviços.

No Brasil, existem 175 Centros POP, distribuídos em mais de 150 municípios.

O atendimento é gratuito. Além disso, a pessoa em estado de rua não precisa estar com documento para obter o atendimento. E como os moradores de rua não possuem um endereço fixo, eles podem utilizar o endereço do Centro POP para colocar nos documentos ou para efetuar o cadastro único.

CREAS.

O Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), além de atender a população de rua, atende famílias e pessoas em situação de risco social e pessoal, como as que sofrem violência (física, psicológica ou sexual), negligenciadas, abandonadas, exploradas pelo trabalho infantil, discriminadas devido à orientação sexual, raça, cor ou etnia, entre outros.

Ao todo, são 1054 unidades do Creas, espalhadas por 1230 municípios brasileiros.

Dentre os serviços oferecidos estão: ajuda e a obtenção de documentos, orientação e encaminhamento das pessoas para os serviços públicos oferecidos pelo município, serviços de medidas socioeducativas e muito mais.

CRAS.

As unidades dos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) estão localizadas em regiões de maior vulnerabilidade social. Seu objetivo é proporciona melhores condições de vida e convivência entre as famílias e a comunidade. Assim, o público atendido consiste em pessoas em situação grave de vulnerabilidade social, pessoas com algum tipo de deficiência; crianças que foram retiradas de situações de abandono e trabalho infantil; indivíduos inseridos em programas sociais ou no Cadastro Único.

Nesse ínterim, os serviços oferecidos são o registro no Cadastro Único, essencial para que as pessoas possam ter acesso aos programas sociais, ao passo que também são ofertados serviços como: Proteção e Atendimento Integral à Família (Paif) e o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV).

Em todo território nacional, são cerca de 8360 unidades do CRAS, segundo o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome.

No entanto, essa quantidade de centros no território nacional não são suficientes para suprir a demanda. O Brasil possui 5.568 municípios, logo, a oferta não atente a demanda que aumenta a cada ano, como vimos nos dados divulgados pela pesquisa IPEA. Além disso, a pesquisa mostra que quanto maior o município maior a população de rua. As grandes cidades e as metrópoles, por exemplo, concentram mais de 160 mil moradores de rua.

Conclusão

Neste artigo, vimos o contexto histórico, a realidade dos moradores de rua e a eficácia das políticas públicas.

Mesmo que a qualidade da coletas dos dados tenha melhorado, ainda estamos muito longe para conhecer a situação real dos moradores de rua. Desse modo, é fundamental ampliar a base de dados do Cadastro Único, mas para isso é importante ampliar as políticas públicas existentes, como os CREAS, CREAS e Centros POP, instituições que podem estar mais próximos a população de rua, coletando informações para o Cadastro Único.

Assim, com mais informações atualizadas, o Estado pode conhecer melhor a população e, eventualmente, planejar e executar políticas públicas mais efetivas e abrangentes. Dessa forma, podemos incluir mais e erradicar essa triste estatística.

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Driblando a Fome.

O Projeto Driblando a Fome do Instituto Brasil + Social, nasceu para formar uma rede de solidariedade para arrecadar comida para os mais carentes e para fomentar o debate sobre a problemática da fome no país.

Acesse institutobrasilsocial.org.br e saiba como ajudar.

Escrito por Adilson Junior.

Revisado por Thais Moreno Ferreira.

Publicado por Gabriela Burcius Arguelles Horrio.

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