Artigos do IBMS sobre a educação brasileira https://institutobrasilsocial.org.br/tag/educacao-brasileira/ Fazendo o bem Wed, 11 Oct 2023 21:17:15 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.5.3 https://institutobrasilsocial.org.br/wp-content/uploads/2023/08/290908796_158599380045002_963164927952034761_n-2-100x100.jpg Artigos do IBMS sobre a educação brasileira https://institutobrasilsocial.org.br/tag/educacao-brasileira/ 32 32 A digitalização do material didático: BASTA APENAS substituir os livros? https://institutobrasilsocial.org.br/digitalizacao-do-material-didatico/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=digitalizacao-do-material-didatico https://institutobrasilsocial.org.br/digitalizacao-do-material-didatico/#respond Mon, 25 Sep 2023 13:00:00 +0000 https://institutobrasilsocial.org.br/?p=13578 A era digital pós-pandemia praticamente forçou uma revolução em quase todos os aspectos das nossas vidas, e é claro que a educação não ficou de fora dessa transformação. Com a digitalização do material didático, uma série de oportunidades e desafios surgiram, tantopara alunos quanto para professores de todo o Brasil. Neste artigo, vamos explorar essa...

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A era digital pós-pandemia praticamente forçou uma revolução em quase todos os aspectos das nossas vidas, e é claro que a educação não ficou de fora dessa transformação. Com a digitalização do material didático, uma série de oportunidades e desafios surgiram, tanto
para alunos quanto para professores de todo o Brasil. Neste artigo, vamos explorar essa nova realidade e avaliar se a sociedade como um todo está realmente preparada para abraçar essa mudança.

O que é a digitalização do material didático?

Esse termo se refere à substituição dos livros impressos tradicionais por recursos digitais, como e-books e plataformas on-line de ensino. Nessa definição também estão incluídos livros em formato digital, aulas virtuais e exercícios interativos, que têm como objetivo tornar
o aprendizado mais acessível e flexível, adaptando-se às necessidades da era digital.

Vantagens da Digitalização na Educação

O acesso à informação sem barreiras é, com certeza, uma das vantagens mais notáveis dessa mudança tecnológica. Com o material disponível em formato digital, os alunos podem acessá-lo a qualquer momento e em qualquer lugar, desde que tenham um dispositivo conectado à internet. Isso permite que os alunos estudem de acordo com sua própria conveniência, inclusive fora do ambiente escolar.

Além disso, a digitalização oferece uma gama de recursos interativos, como vídeos, simulações e questionários on-line, que podem tornar o aprendizado mais envolvente e eficaz. Os professores também se beneficiam dessa transformação, pois têm a capacidade de monitorar o progresso dos alunos com mais facilidade e personalizar o ensino de acordo com as necessidades individuais de cada estudante.

Desafios do ensino digital

Apesar das vantagens evidentes, o rompimento repentino da educação tradicional também apresenta desafios significativos. Um dos principais é com relação à acessibilidade digital. Isso porque o Brasil é um país onde as desigualdades sociais ainda impedem que essa mudança tecnológica aconteça por inteiro. O último relatório da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) nos diz que apenas 1% da população tem rendimento médio mais de 30 vezes maior do que a fatia que ganha menos. Isso se reflete na indisponibilidade de materiais, computadores e acesso à internet rápida para todos os alunos, principalmente os da rede pública.

Da mesma forma, o aprendizado das crianças e adolescentes é um ponto que pode estar em jogo. A Suécia, por exemplo, é pioneira na digitalização de materiais escolares. Desde a década de 1980 o país vem introduzindo a tecnologia nas salas de aula e, mesmo assim, voltou atrás na decisão de digitalizar 100% o ensino. Especialistas apontam argumentos baseados em neurociência, afirmando que a exposição excessiva a telas pode ser extremamente prejudicial à cognição das crianças e dos adolescentes, diminuindo seu desempenho na escola.

digitalização com responsabilidade

Digitalização do material didático: vantagens e desafios.

Segundo o Fórum Mundial de Economia, o letramento digital é a quarta habilidade mais valorizada do mercado em 2023. Portanto, não há dúvidas de que a digitalização da sociedade seja necessária e que a introdução dos materiais digitais na educação seja importante para o posicionamento dos estudantes no mercado de trabalho.

Contudo, autoridades pelo mundo inteiro defendem que a modernização das escolas deve conciliar materiais digitais e dispositivos eletrônicos com os livros físicos e tarefas manuais, a fim de preservar a saúde e as capacidades cognitivas dos alunos.

A presidente do Instituto Ayrton Senna, Viviane Senna, apoia a digitalização da educação como forma para aprimorá-la, desde que se adotem medidas para alcançarmos a equidade social. “Temos 50 milhões de crianças no ensino básico. A cada dez crianças que entram na primeira série do ensino fundamental, apenas seis chegam ao fim do ensino médio”, ilustrou.

Ainda no cenário brasileiro, o Instituto Reúna levantou dados sobre o processo da digitalização do material didático em 11 países, confirmando que o sucesso da implementação de tecnologia na maioria deles se deu pela integração dos materiais físicos com os digitais e também tendo o cuidado para fazer tal transição.

conclusão

O ensino digital é uma transformação inevitável e fundamental para a sociedade, que apresenta benefícios inegáveis para o estímulo e retenção de conhecimentos no aprendizado. Porém, deve vir acompanhado de planejamento, formação tecnológica para educadores e medidas eficazes para que tais recursos cheguem à maior parte da população. As escolas também devem ter atenção ao tempo de exposição de tela dos alunos e atentar-se à forma com que os dispositivos são utilizados. Isso garante que a tecnologia cumpra o objetivo de enriquecer a educação e preserva a saúde e segurança de crianças e adolescentes.

Gostou deste post? Aproveite e leia também outros artigos do nosso blog!

Fontes: G1, Pearson, CNN Brasil e Isaac

Escrito por Kamila Knoblauch

Revisado por Michelle Morikawa

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Educação profissionalizante no Brasil https://institutobrasilsocial.org.br/educacao-profissionalizante-no-brasil/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=educacao-profissionalizante-no-brasil https://institutobrasilsocial.org.br/educacao-profissionalizante-no-brasil/#respond Tue, 05 Sep 2023 13:00:00 +0000 https://institutobrasilsocial.org.br/?p=13421 A educação profissionalizante no Brasil desempenha um papel fundamental na preparação dos indivíduos para o mercado de trabalho, proporcionando habilidades e competências específicas necessárias para desempenhar funções em diversas áreas. Esse tipo de educação tem como objetivo não apenas fornecer conhecimentos técnicos, mas também desenvolver habilidades práticas e conhecimentos teóricos que são relevantes para o...

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A educação profissionalizante no Brasil desempenha um papel fundamental na preparação dos indivíduos para o mercado de trabalho, proporcionando habilidades e competências específicas necessárias para desempenhar funções em diversas áreas. Esse tipo de educação tem como objetivo não apenas fornecer conhecimentos técnicos, mas também desenvolver habilidades práticas e conhecimentos teóricos que são relevantes para o exercício de diferentes profissões.

Características

Primeiramente, uma das características marcantes da educação profissional é sua orientação prática. Ao contrário da educação tradicional, que geralmente se concentra em teoria e conceitos gerais, a educação profissionalizante se destina a capacitar os alunos com conhecimentos aplicáveis diretamente no mercado de trabalho.

Sendo assim, isso envolve atividades práticas, simulações de situações reais e o uso de equipamentos e ferramentas reais que os alunos provavelmente utilizarão em suas futuras carreiras.

As Principais modalidades

No contexto da educação profissional no Brasil, existem duas modalidades principais: a educação profissional de nível médio e a educação profissional técnica. A educação profissional de nível médio é integrada ao ensino médio regular, permitindo que os alunos adquiram uma formação técnica ao mesmo tempo em que concluem seus estudos de ensino médio.

Por outro lado, a educação profissional técnica é oferecida após a conclusão do ensino médio, proporcionando uma formação mais focada em habilidades específicas de uma determinada área, como eletrônica, mecânica, enfermagem, informática, entre outras.

O Mercado de trabalho

Jovem fazendo sucesso em sua nova profissão

Quanto ao mercado de trabalho no Brasil, a educação profissionalizante desempenha um papel vital na preparação de indivíduos para atender às demandas variáveis das diferentes indústrias e setores.

No entanto, a situação do mercado de trabalho no país é complexa e dinâmica. Fatores como a conjuntura econômica, a evolução tecnológica e as mudanças nas demandas dos consumidores podem influenciar diretamente nas oportunidades de emprego em diversas áreas.

Por isso, a inserção dos jovens no mercado de trabalho é um desafio relevante. Muitas vezes, os jovens enfrentam dificuldades para encontrar empregos que se alinhem com suas qualificações ou para adquirir experiência profissional inicial.

Nesse sentido, a educação profissionalizante desempenha um papel crucial, fornecendo aos jovens as habilidades práticas e teóricas necessárias para ingressar no mercado de trabalho de maneira mais preparada e competitiva.

O papel das escolas profissionalizantes

As escolas profissionalizantes desempenham um papel central na oferta dessa educação, proporcionando infraestrutura e professores capacitados para ensinar habilidades específicas. Além disso, a colaboração entre as escolas profissionalizantes e as empresas pode ser um fator importante na formação de profissionais mais adaptados às necessidades do mercado.

Projetos e iniciativas relevantes

No Brasil, a busca por mitigar as desigualdades sociais e oferecer oportunidades a grupos em situação de vulnerabilidade é uma preocupação constante. Dessa forma, diversos programas e instituições têm surgido para capacitar essas pessoas, visando proporcionar a elas melhores perspectivas de emprego, empreendedorismo e qualidade de vida.

Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec)

O Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) é uma das iniciativas mais notáveis nesse contexto. Criado pelo governo federal, o Pronatec visa proporcionar formação técnica e profissionalizante para jovens e adultos de baixa renda. Portanto, ele abre portas para quem busca uma educação mais alinhada com as necessidades do mercado de trabalho, oferecendo cursos que variam desde áreas industriais até serviços.

Sendo assim, vale destacar que um dos principais atrativos do programa é a inclusão de estudantes de escolas públicas e beneficiários de programas sociais, promovendo uma democratização do acesso à educação profissionalizante.

Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia

Os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia também têm um papel fundamental nesse cenário, pois essas instituições públicas oferecem uma ampla gama de cursos técnicos, tecnológicos e até mesmo superiores, abrangendo áreas que vão desde a agricultura até a tecnologia da informação. Assim, seu foco na inclusão social e no desenvolvimento regional os torna catalisadores para a formação de profissionais qualificados, com ênfase na aplicação prática do conhecimento.

Além disso, os Institutos Federais têm desempenhado um papel importante no desenvolvimento de regiões menos favorecidas do Brasil. Um exemplo é o IF Sertão Pernambucano, que firmou parcerias com empresas locais para criar cursos técnicos voltados para as demandas da região, como agroindústria e recursos hídricos. Essa colaboração contribui para impulsionar a economia local e oferecer oportunidades aos jovens.

Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai)

O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) concentra seus esforços na capacitação de pessoas para atuar em setores industriais. Portanto, seus cursos são conhecidos por oferecer treinamento técnico de alta qualidade, preparando os alunos para atender às demandas específicas da indústria e dos processos de fabricação. Sendo assim, esse foco é crucial para fornecer competências práticas e teóricas que promovam a empregabilidade dos indivíduos, especialmente aqueles provenientes de contextos desfavorecidos.

Ademais, o Senai é conhecido por suas parcerias com a indústria automobilística. Uma história de sucesso é a colaboração com a Volkswagen, que criou uma escola técnica dentro de sua fábrica em São Bernardo do Campo. Os alunos do Senai recebem treinamento em uma infraestrutura real de produção, adquirindo habilidades altamente especializadas diretamente aplicáveis no mercado de trabalho.

Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac)

Já o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) tem uma atuação voltada para os setores de comércio, serviços e turismo. Por isso, seus cursos abrangem áreas como gastronomia, hotelaria, administração, entre outros. O Senac se destaca, ainda, por oferecer capacitação em habilidades interpessoais e técnicas necessárias para um desempenho bem-sucedido em uma variedade de carreiras dentro desses setores.

Além disso, o Senac tem firmado parcerias com empresas do setor de turismo para capacitar profissionais e atender às demandas específicas desse mercado. Essas parcerias não apenas oferecem treinamento técnico, mas também abordam aspectos essenciais de atendimento ao cliente, comunicação e gestão.

Impactos dos programas

Esses programas e instituições não apenas proporcionam conhecimento técnico, mas também empoderam indivíduos em vulnerabilidade, possibilitando que eles contribuam para a economia e a sociedade de maneira significativa. Ao capacitar essas pessoas, o Brasil busca criar uma base mais forte e diversificada de profissionais, contribuindo, assim, para a inclusão social e a promoção de oportunidades equitativas.

Histórias inspiradoras

Certamente, existem diversas histórias de sucesso de pessoas influentes no Brasil que têm se beneficiado de parcerias com empresas e instituições de ensino. Essas colaborações destacam a importância da conexão entre o setor empresarial, a educação e a sociedade em geral.

Luiza Helena Trajano

Uma história inspiradora é a de Luiza Helena Trajano, a líder do Magazine Luiza, uma das principais redes varejistas do país. Além de sua atuação nos negócios, ela estabeleceu parcerias com instituições de ensino para promover programas de estágio e trainee. Essas parcerias não apenas proporcionam oportunidades valiosas de aprendizado para jovens talentos, mas também demonstram o compromisso da empresa com o desenvolvimento profissional e a inclusão.

Jorge Paulo Lemann

Jorge Paulo Lemann, empresário notável e cofundador da 3G Capital, tem uma influência marcante na área da educação. Ele está por trás da Fundação Estudar, que se associa a universidades e empresas para fornecer bolsas de estudo e programas de desenvolvimento para jovens líderes. Essa iniciativa, portanto, destaca como parcerias entre empresas e instituições educacionais podem cultivar talentos promissores e investir no futuro.

Luiz Seabra

Luiz Seabra, um dos fundadores da Natura, exemplifica a abordagem inovadora de parcerias. A Natura tem colaborado com comunidades locais e instituições de ensino para promover o empreendedorismo sustentável. Isso demonstra como as empresas podem impactar positivamente a sociedade, não apenas por meio de produtos e serviços, mas também pela promoção de valores como responsabilidade social e desenvolvimento local.

Abilio Diniz

Abilio Diniz, empresário multifacetado, tem um forte compromisso com a educação. Além de suas atividades empresariais, ele estabeleceu o Instituto Península, que busca elevar a qualidade da educação no Brasil. Por isso, o instituto desenvolve parcerias com escolas e universidades para promover iniciativas inovadoras na educação, destacando a importância de uma abordagem colaborativa para impulsionar mudanças significativas.

Silvio Santos

Outra figura icônica, Silvio Santos, investe na formação profissional por meio do apoio ao Senac. Além disso, o grupo de mídia e entretenimento de sua propriedade é conhecido em todo o Brasil. Essa colaboração, por fim, enfatiza a importância de programas profissionalizantes em preparar os indivíduos para enfrentar os desafios do mercado de trabalho.

CONCLUSÃO

Essas histórias ilustram como parcerias bem-sucedidas entre pessoas influentes, empresas e instituições de ensino podem ter um impacto duradouro na educação, capacitação e desenvolvimento das pessoas, além de contribuir para o progresso e a prosperidade da sociedade brasileira.

Fontes: Florence e Correio Braziliense

Redação: João Marcos

Revisão: Jéssica Duarte

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Feira Solidária leva Alimentos Saudáveis à Comunidade Souza Ramos https://institutobrasilsocial.org.br/feira-solidaria-leva-alimentos-saudaveis-a-comunidade-souza-ramos/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=feira-solidaria-leva-alimentos-saudaveis-a-comunidade-souza-ramos https://institutobrasilsocial.org.br/feira-solidaria-leva-alimentos-saudaveis-a-comunidade-souza-ramos/#respond Sat, 02 Sep 2023 22:34:08 +0000 https://institutobrasilsocial.org.br/?p=13464 A comunidade Souza Ramos está em festa após a realização da emocionante Feira Solidária, promovida em parceria pelo renomado Instituto Brasil Mais Social e a atuante Associação Beneficente Abuse Capoeira. Realizada no último dia 25 de agosto, a feira não apenas trouxe alimentos frescos e saudáveis para a comunidade, mas também trouxe esperança e solidariedade...

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A comunidade Souza Ramos está em festa após a realização da emocionante Feira Solidária, promovida em parceria pelo renomado Instituto Brasil Mais Social e a atuante Associação Beneficente Abuse Capoeira. Realizada no último dia 25 de agosto, a feira não apenas trouxe alimentos frescos e saudáveis para a comunidade, mas também trouxe esperança e solidariedade para aqueles que mais necessitam.

Centenas de moradores da comunidade Souza Ramos compareceram ao evento, que foi marcado por uma atmosfera de celebração e união. A feira ofereceu uma variedade de alimentos, incluindo frutas frescas, verduras, legumes e pães, que foram arrecadados por meio de esforços colaborativos da associação e do instituto.

A desnutrição, um problema persistente em várias comunidades carentes, pode ter sérias consequências para a saúde das crianças e adultos. Com a realização da Feira Solidária, os organizadores buscaram aliviar essa situação, oferecendo opções nutritivas para as famílias da comunidade Souza Ramos.

A Feira Solidária é uma manifestação tangível dos princípios do projeto SER do Instituto Brasil Mais Social, que abrange Saúde, Educação e Renda. Essa iniciativa reflete o compromisso contínuo das organizações em abordar problemas complexos e melhorar a qualidade de vida das comunidades mais necessitadas.

A celebração do sucesso da Feira Solidária reforça a importância de parcerias entre organizações e comunidades. Além de fornecer alimentos nutritivos, a feira trouxe um senso de comunidade, união e esperança para a comunidade Souza Ramos, demonstrando que juntos podemos criar um impacto duradouro e positivo na vida daqueles que precisam de apoio.

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Educação e cultura: o trabalho do Instituto Brasil Mais Social na comunidade Souza Ramos https://institutobrasilsocial.org.br/acao-educacao-na-comunidade-souza-ramos/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=acao-educacao-na-comunidade-souza-ramos https://institutobrasilsocial.org.br/acao-educacao-na-comunidade-souza-ramos/#respond Fri, 11 Aug 2023 15:20:05 +0000 https://institutobrasilsocial.org.br/?p=13360 O Instituto Brasil Mais Social (IBMS) realizou, no dia 8 de julho, a primeira Rodada de História na comunidade Souza Ramos, na zona leste de São Paulo. A ação teve como objetivo incentivar a leitura e o desenvolvimento cultural das crianças da região. Muitas convivem com a pobreza e a falta de oportunidades. A Rodada...

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O Instituto Brasil Mais Social (IBMS) realizou, no dia 8 de julho, a primeira Rodada de História na comunidade Souza Ramos, na zona leste de São Paulo. A ação teve como objetivo incentivar a leitura e o desenvolvimento cultural das crianças da região. Muitas convivem com a pobreza e a falta de oportunidades.

A Rodada de História contou com a participação de 37 crianças, que ouviram atentamente a narrativa de um livro doado por um editor parceiro do projeto. Depois da contação, elas conversaram sobre a história e participaram de uma gincana, que premiou os vencedores com exemplares do mesmo livro. Os pais das crianças também estiveram presentes e acompanharam as atividades.

Niolanda promovendo bate-papo bem animado com as crianças da comunidade Souza Ramos

No entanto, conforme Niolanda, fundadora do IBMS, “precisamos levar a educação de qualidade não só para as crianças, mas para os jovens e adultos. Por exemplo, cursos profissionalizantes para inserção e crescimento no mercado de trabalho. Entretanto, temos uma longa caminhada pela frente.”

A comunidade Souza Ramos faz parte do projeto Ser, uma iniciativa do IBMS que visa concentrar esforços em uma comunidade para promover ações nas áreas da saúde, educação e renda. O projeto busca medir e analisar o impacto das intervenções na qualidade de vida dos moradores.

A importância da educação e o apoio das comunidades

A educação é um dos pilares do projeto Ser, pois é considerada fundamental para o desenvolvimento pessoal e social das pessoas. Dentro desse pilar, estão incluídas as ações de cultura, que levam conceitos como cidadania, responsabilidade e altruísmo para as crianças e jovens da comunidade.

Crianças e adolescentes junto com voluntários do Instituto Brasil Mais Social

O IBMS tem como missão levar a educação de qualidade não só para as crianças, mas também para os adultos, por meio de cursos de alfabetização e profissionalização. A instituição já realizou outras ações educativas em outras comunidades, como o curso de Empreendedorismo em parceria com o Sebrae, na Vila Carioca – Heliópolis.

De acordo com Niolanda,” a atuação e dedicação do Instituto nos projetos sociais em campo, nos proporcionaram um visão do papel do Instituto.” Ainda, segundo ela, “o Projeto Ser, engloba as necessidades que já existia desde o nascimento do Instituto. No entanto, não é fácil ser aceito nas comunidades quando o intuito é realizar além do assistencialismo. Essa nossa peregrinação junto as várias comunidades nos possibilitou sermos aceitos pela comunidade Souza Ramos porque eles também querem se desenvolver.

Niolanda presente na comunidade Souza Ramos

Para realizar o projeto Ser na comunidade Souza Ramos, o IBMS contou com o apoio da Associação de Moradores da região, que foi criada com o propósito de buscar soluções para os problemas locais e se desenvolver. A associação ajudou na implementação e na divulgação das ações do IBMS.

Niolanda,junto com os moradores da comunidade Souza Ramos

O Instituto Brasil Mais Social pretende realizar novas ações de educação e cultura no próximo mês, com a colaboração de um novo voluntário que será responsável pela área. A instituição acredita que a educação e a cultura são instrumentos de transformação social, que podem mudar a realidade de muitas pessoas.

Leia mais: Instituto Brasil Mais Social realiza primeira ação de saúde na Comunidade Souza Ramos

Escrito por Adilson Junior

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Como podemos combater a evasão escolar? https://institutobrasilsocial.org.br/combater-a-evasao-escolar/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=combater-a-evasao-escolar https://institutobrasilsocial.org.br/combater-a-evasao-escolar/#respond Wed, 24 May 2023 13:00:00 +0000 https://institutobrasilsocial.org.br/?p=12576 SE A taxa de conclusão do ensino médio fosse igual a do chile, cerca de 93%, o ganho anual na economia seria de R$ 135 bilhões. O Brasil é marcado por diversas desigualdades sociais ao longo da sua história: pobreza, fome, ensino de baixa qualidade, entre outras desigualdades presentes no dia a dia. É possível...

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SE A taxa de conclusão do ensino médio fosse igual a do chile, cerca de 93%, o ganho anual na economia seria de R$ 135 bilhões.

O Brasil é marcado por diversas desigualdades sociais ao longo da sua história: pobreza, fome, ensino de baixa qualidade, entre outras desigualdades presentes no dia a dia. É possível mudar essa realidade, e uma das soluções é a escolarização da população. Quanto mais pessoas concluírem o Ensino Médio e ingressarem em faculdades, mais melhoramos a produtividade do nosso país e, consequentemente, mais pessoas podem sair da situação de pobreza.

No entanto, temos dois desafios: em primeiro lugar, o acesso à educação de qualidade não é para todos, pois está concentrado em determinadas regiões e classes sociais. Em segundo lugar, a evasão escolar. Apesar dos avanços da educação brasileira desde os anos 90, a evasão escolar é uma tragédia silenciosa que continua até hoje.

Além disso, a pandemia do COVID-19 colaborou para retroceder ainda mais a educação brasileira. Isso ocorreu porque as escolas ficaram fechadas por muito tempo e as alternativas para as crianças e adolescentes continuarem seus estudos não eram acessíveis para todos. Assim, o percentual de evasão escolar aumentou consideravelmente. Conforme a pesquisa da UNICEF, mais de 2 milhões de crianças e adolescentes não estão frequentando a escola.

Para que você possa entender como chegamos a esse ponto, neste artigo, apresentaremos alguns dados, os motivos e algumas políticas para podermos combater a evasão escolar.

DADOS DE Evasão Escolar

Antes de mais nada, precisamos entender o que é a evasão escolar. A saída da escola ocorre quando o aluno deixa de frequentá-la por um determinado motivo, como trabalho, gravidez, deslocamento, entre outros fatores que veremos ao longo deste artigo.

Aliás, a evasão escolar é um problema brasileiro desde o século XX. Por exemplo, até 1980, a taxa de conclusão do Ensino Médio era de apenas 20%, ou seja, muitas pessoas abandonavam ou permaneciam na escola apenas até o Ensino Fundamental. Isso mudou a partir dos anos 90, com a criação de leis, programas e fundos que tinham como objetivo melhorar a educação e estimular as pessoas a continuarem seus estudos.

Entretanto, o acesso à educação de qualidade não chegou a todas as classes sociais. É o que mostra a pesquisa divulgada em abril deste ano, pelo Firjan SESI em parceria com a PNUD.

De acordo com a pesquisa, a porcentagem de matrículas de alunos brancos e pretos apresenta grandes diferenças, 81% contra 71%. Outro dado levantado pela pesquisa é a probabilidade de um jovem entre 20 e 24 anos concluir o Ensino Médio. A chance de um jovem de classe alta concluir o Ensino Médio é de 94%, contra 45% de chance de jovens de renda baixa.

Uma educação de qualidade deve oferecer a base para que o estudante não tenha prejuízos nas suas formações. No entanto, isso não acontece no Brasil. Segundo a pesquisa, apenas 41,4% dos estudantes concluem o Ensino Fundamental com aprendizagem adequada em português e 24,4% em matemática.

A evasão escolar

Diante de tantas desigualdades educacionais, fica bem complicado um jovem de baixa renda concluir o Ensino Médio. A evasão escolar é baixa nos anos iniciais do Ensino Fundamental. Por outro lado, aumenta no final desse segmento e ao longo do Ensino Médio.

Conforme os dados da UNICEF, 1,6 milhões de jovens entre 15 e 17 anos estão fora das escolas no Brasil. Além disso, a pesquisa da Firjan cita que, a cada ano em nosso país, 500 mil jovens maiores de 16 anos abandonam as escolas. Já em relação à conclusão do Ensino Médio, apenas metade dos jovens brasileiros o concluem até os 18 anos.

As desigualdades andam lado a lado com a evasão escolar. De acordo com a UNICEF, 99% dos jovens que abandonaram a escola estudavam em escola pública, enquanto apenas 1% frequentava a escola particular.

Por que ocorre a evasão escolar?

A pesquisa da UNICEF divulgada em setembro de 2022, além de quantificar o número de crianças e jovens fora das escolas, divulgou os motivos dos jovens pararem de estudar. A pesquisaEducação brasileira em 2022 – a voz de adolescentes” possui como objetivo informar sobre o regresso dos estudantes às escolas e os impactos da pandemia no processo escolar. O público-alvo do estudo são crianças e adolescentes de 11 a 19 anos, estudantes da rede pública e jovens que não complementaram o Ensino Médio e não estão frequentando a escola.

motivos pelos quais crianças e adolescentes não frequentarem a escola.

Quando pensamos nos motivos de crianças e jovens desistirem de comparecer às escolas, logo vem à cabeça que a razão seja o desinteresse. No entanto, esse não é o principal motivo. Segundo a pesquisa da UNICEF, os principais motivos que os fazem parar de frequentar a escola são:

  • Necessidade de trabalhar fora (48%);
  • Não conseguir acompanhar as explicações ou atividades passadas pelos professores (30%);
  • Pelo fato da escola não ter retornado as atividades presenciais (29%);
  • Precisar cuidar de outros familiares na sua casa (28%);
  • Acha a escola desinteressante (27%);
  • Preferência por aulas e atividades em formato remoto (25%).

A pandemia de COVID-19 impactou muito as nossas vidas: perda de entes queridos, empregos, as incertezas. Dessa forma, crianças e adolescentes tiveram que ajudar os pais ou responsáveis a complementar a renda, seja trabalhando ou cuidando de familiares em casa. Em relação às escolas, muitas ficaram fechadas por muito tempo. Assim, uma das soluções para não pararem foi a adoção do ensino remoto. Só que a adoção desse modelo trouxe novos desafios. Em primeiro lugar, muitos jovens não tinham acesso ao computador e à internet de qualidade. E segundo, depois de tanto tempo no ensino remoto, como fazer jovens e adolescentes se adaptarem ao ensino presencial novamente?

Desistência da escola

Conforme a pesquisa da UNICEF em parceria com o Ipec, quando o assunto é desistência da escola, ou seja, não estar matriculado, os motivos diferem em relação aos que mencionamos anteriormente:

  • Não conseguir acompanhar as explicações ou atividades passadas pelos professores (50%);
  • Acha a escola é desinteressante (38%);
  • Não se sente acolhido na sua escola (35%);
  • Preferência por aulas e atividades em formato remoto (27%);
  • Necessidade de trabalhar fora (25%).

Aliás, segundo o estudo, nos últimos 3 meses anteriores à pesquisa, 21% das crianças e jovens entrevistados consideraram desistir da escola. Desse total, 27% eram jovem de 15 a 19 anos e 16%, jovens entre 11 e 14 anos.

Na mesma linha, podemos observar que crianças e jovens apontaram dificuldades em acompanhar as explicações e atividades dos professores dentre os motivos para não frequentarem à escola ou desistirem dela. Esse problema está relacionado à distorção de idade-série e à repetência, que veremos no tópico a seguir.

Distorção idade-série e repetência

De acordo com a pesquisa Ipec, ao longo do Ensino Fundamental, muitos jovens repetem de série, abandonam as escolas ou acabam retomando aos estudos. No entanto, ao iniciar o Ensino Médio, chegam com grande defasagem idade-série, isto é, precisam cursar o ano escolar na idade errada. À medida que o estudante vai ficando mais velho, aumenta a pressão para conseguir um emprego, além de aumentar as responsabilidades, como cuidar de um familiar.

Ademais, segundo Ribeiro (1991), há em nosso país uma forte cultura de repetição em massa. Mesmo que o estudante chegue na idade certa ao Ensino Médio, muitos acabam repetindo ao longo dessa etapa de ensino.

Dessa forma, os dados do Censo Escolar, divulgado pelo Inep, vão ao encontro da afirmativa de Ribeiro (1991). Conforme os dados, as porcentagens de reprovação ao longo do Ensino Médio são:

  • Primeiro ano do Ensino Médio: 15%;
  • Segundo ano do Ensino Médio: 9%;
  • Terceiro ano do Ensino Médio: 5%

Outro dado relevante apontado pela pesquisa é o aumento da taxa de distorção-série saltar de 25% no 9º ano do Ensino Fundamental para 35% no 1º ano do Ensino Médio. Além disso, até em escolas com professores altamente qualificado e com boa infraestrutura, tal como, as escolas federais, a taxa de reprovação chega a 14%.

Em síntese, a reprovação é um fator que desmotiva demais o aluno, e à medida que a idade vai passando, vai desestimulando cada vez mais o estudante, que já começa a sofrer as cobranças familiares, a pressão para a introdução no mercado de trabalho. E no fim, muitos jovens abandonam a escola. Precisamos reverter essa realidade e, no próximo tópico, apresentaremos algumas ações para combatermos a evasão escolar.

Como combater a evasão escolar?

A evasão escolar não traz só prejuízos para crianças e adolescentes, mas para toda a sociedade brasileira. De acordo com dados da pesquisa Ipec, a economia do país deixa de arrecadar cerca de R$ 220 bilhões, ou seja, em torno de R$ 395 mil por aluno, representando 3% do PIB do país.

Assim, quanto mais jovens concluírem a Educação Básica, mais profissionais qualificados teremos, modificando, assim, a estrutura econômica e gerando emprego para outras pessoas. Além disso, diminuiremos as desigualdades sociais a partir do aumento de renda e de expectativa de vida, bem como da diminuição da taxa de homicídio. Segundo o estudo, se 17% de jovens concluísse a Educação Básica, seria 11 mil homicídios por ano a menos. Evitaríamos a perda de R$ 28 bilhões anualmente.

Entretanto, temos um longo caminho pela frente. Nesse sentido, apresentamos no tópico a seguir algumas ações para combater a evasão escolar.

6 ações para combater a evasão escolar

Acabar com a cultura de repetência: como vimos anteriormente, os percentuais de reprovação no Brasil, ao longo dos anos, foram bem altos. Os alunos repetentes apresentam uma probabilidade de progressão escolar menor, em outras palavras, o avanço do aprendizado é mais devagar do que os alunos que progridem de ano. Assim, alunos que repetiram nas séries iniciais possuem mais chances de reprovação nos anos posteriores e, consequentemente, aumenta as chances de evasão. É preciso buscar soluções de reinserir o jovem, sem perdas no aprendizado;

Apoio às aprendizagens: muitos jovens chegam ao Ensino Médio com muitas incertezas e também com defasagem no aprendizado. Dessa forma, muitos programas estão sendo desenvolvidos não só no Brasil, como em outros países, com objetivo de diminuir as desigualdades e melhorar a qualidade do ensino. Dentre eles estão: programas de reforço escolar, seja para um número reduzido ou para toda a turma, tutorias, mediação de conflitos ou programas com foco no desenvolvimento de habilidades socioemocionais;

Incentivo à permanência ou ao retorno do aluno: a pandemia de COVID-19 impactou na vida de muitas famílias. Jovens perderam pais ou parentes que eram os responsáveis pelo sustento da família e, como resultado, perderam essa renda. Na mesma linha, muitas crianças e adolescentes tiveram que trabalhar para ajudar no sustento. No entanto, a escola acaba ficando de lado. Por isso, a importância do incentivo financeiro, seja por um auxílio mensal, bolsa de conclusão do ensino médio com objetivo de manter ou trazer os jovens para as escolas;

Mercado de trabalho, valorização dos docentes e inovação nas escolas.

Apoio à transição para o mundo do trabalho: o mercado de trabalho está exigindo cada vez mais qualificação do futuro profissional, devido aos avanços da ciência e tecnologia. Entretanto, em um mundo com mudanças cada vez mais constantes, acabam-se criando grandes incertezas, principalmente nos jovens que estão concluindo o Ensino Médio. Assim, as escolas devem preparar os alunos para as demandas do mercado, conciliando a teoria com a prática;

Ambientes adequado à aprendizagem e à inovação curricular: a pandemia retrocedeu nossa educação, que já não era de grande qualidade. Contudo, agora, não só precisamos recuperar esses retrocessos, como também criar uma ambiente escolar que atenda às demandas do mercado. Esse novo ambiente deve instigar a criatividade, a capacidade de resolução de problemas, a autonomia e, claro, estimular o envolvimento com experiências da realidade;

Apoio à gestão escolar e à valorização docente: os professores ensinam e formam todas as profissões. No entanto, é uma das profissões mais desvalorizadas. É preciso não só uma renumeração adequada, mas uma valorização da formação junto a investimentos para estimular na formação de novos docentes.

Conclusão

No título do artigo, escrevi como nós podemos acabar com a evasão escolar, na 1ª pessoa do plural. O objetivo de ter utilizado esse pronome é porque esse problema não é só da escola ou do poder público. É seu, é meu, é de todos.

O que adianta a escola fazer a sua parte se a família não o faz, ou a escola querer fazer e não ter os recursos suficientes por parte do poder público? Vimos ao longo do texto os prejuízos da evasão escolar na economia. Esse dinheiro poderia ser investido para acabarmos com as desigualdades sociais agravantes em nosso país.

Em conclusão, apesar dos desafios, precisamos encará-los juntos, sociedade, pais, escolas e poder público, para, assim, revertemos esse cenário e construir uma sociedade mais justa, com oportunidades iguais, para podermos crescer e nos desenvolver sem deixar ninguém para trás.

Redação: Adilson Junior

Revisão: Jéssica Duarte

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Ciência nada mais é do que um conjunto de saberes baseados em métodos científicos e racionais, os quais podem ser divididos nas seguintes etapas: observação, questionamento, hipótese, experimentação, conclusão e resultado. Assim, é possível, por exemplo, desenvolver medicamentos cada vez mais eficientes, ou até mesmo vacinas para imunizar a população através da produção científica. É, portanto, um conhecimento relevante para o desenvolvimento da sociedade.

As universidades públicas assumem papel essencial no combate ao coronavírus e às suas variantes.

Estudos mostram que 90% das produções científicas são feitas em instituições públicas de ensino superior. Ainda que se saiba de sua importância, lamentavelmente, os investimentos em ciência no Brasil estão diminuindo ano a ano. Embora faltem de recursos financeiros, o Brasil ocupa o 13° lugar no ranking mundial de produção científica, segundo o Ministério da Educação (MEC).

Nesse artigo, vamos explicar a importância e os desafios que enfrentados pelos pesquisadores científicos em nosso país.

O artigo está organizado da seguinte maneira:

  • Os desafios da produção científica.
  • A produção científica nos últimos anos no Brasil.
  • A primeira vacina brasileira contra o COVID-19.

Os desafios da produção científica.

Os desafios da produção científica em universidades

A Pandemia de Covid-19 exigiu dos países uma resposta rápida para o combate desse novo vírus. Governos e empresas privadas tiveram que injetar enormes quantias para atender a alta demanda de pessoas hospitalizadas, além da compra de vacinas para imunizar a população.

Enquanto alguns países produziam, outros se viram totalmente dependentes de empresas internacionais para adquirirem o antígeno. Soma-se a isso, a ascensão do negacionismo, o qual proporcionou um atraso ainda maior na compra dos imunizantes, apesar da urgência em torno da resolução desse problema.

Na época, havia poucos fornecedores para uma demanda altíssima. Ao perceber isso, alguns países começaram a produzir a própria vacina ou a realizarem parcerias unindo conhecimento e tecnologias.

Foi assim que muitos governos resolveram aumentar as aplicações de recursos em pesquisa e desenvolvimento.

O G20, grupo das 20 maiores economias do mundo, já havia ampliado seu investimento em pesquisa, no período de 2014 a 2018. Eles são responsáveis por 90% das despesas em pesquisa, pesquisadores, publicações e patentes, de acordo com o relatório de ciências da Unesco.

Ainda que o Brasil faça parte do G20, o percentual do PIB gasto pesquisa, pesquisadores, publicações e patentes, fica bem abaixo dos países desenvolvidos para se ter uma ideia.

PIB Brasileiro investido em pesquisa.

No ano de 2014, apenas 3% do PIB brasileiro era destinado à ciência. Em 2018, caiu para 2,5%. No que se refere relação às publicações científicas, o valor dispendido se manteve estável, entre 2015 e 2019, cerca de 2,8% do PIB.

Em contrapartida, nos últimos anos, países em desenvolvimento começaram a investir em ciência, tecnologia e inovação com intuito de diversificar sua economia e assim não depender de uma única atividade econômica, além de colaborar com o desenvolvimento e competitividade.

Os Estados Unidos lideram as despesas com pesquisa, seguidos pela China e União Européia. Juntos concentraram mais de 1 trilhão em investimentos em pesquisa científica, em 2018, segundo a pesquisa da Unesco.

Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).

Indo na direção contrária aos dos países desenvolvidos, o governo federal, ao longo dos anos, diminuiu os recursos destinados ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).

Em 2009, eram investidos, cerca de R$8,620 bilhões. Já em 2021, cerca de R$1,875 bilhões de reais.

Outra ferramenta importante para custear as pesquisas científicas no país é o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), o qual é constituído por meio de receitas advindas de setores como: gás, petróleo, energia, saúde e biotecnologia.

Em 2021, dos R$5,6 bilhões que compunham esse fundo, apenas R$534 milhões foram liberados. Mais de 90% foi contingenciado, segundo pesquisa da FAPESP.

A redução no investimento em ciência não afeta somente as universidades, mas também órgãos importantes para o desenvolvimento econômico e social do país como: Capes, CNPq, FioCruz e Embrapa. De acordo com o SBPC e a LOA de 2021, a Embrapa e o CNPq sofreram grandes cortes em seus orçamentos.

Investimentos nos pesquisadores e na infraestrutura dos laboratórios.

Há também insuficiência de recursos para melhorar a infraestrutura dos laboratórios nas universidades. O Fundo de Infraestrutura, responsável por cuidar disso, vem definhando ano a ano. Em 2016, foram injetados mais de R$213 milhões. Nesse meio tempo, os investimentos reduziram para 27 milhões em 2020.

Uma saída para driblar a escassez de recursos seria a busca por parcerias privadas. Entretanto, devido às instabilidades e incertezas políticas e econômicas, as empresas diminuíram as aplicações em pesquisa e desenvolvimento.

Finep.

Finep é uma empresa pública brasileira que busca fomentar pesquisas tanto em empresas quanto em universidades. Ajudando assim a promover competitividade aos negócios, ao mesmo tempo em que provoca o desenvolvimento e crescimento econômico ao país.

Os seus recursos advém de verba federal e, assim como acontece com outros programas ligados ao desenvolvimento de pesquisa científica no país, a receita vem diminuindo.

De acordo com o Finep, os repasses diminuíram de R$215 milhões em 2015 para R$122 milhões em 2020. Apesar disso, o número de pesquisadores no Brasil aumentou. Em 2017, para países como Brasil, Chile, Costa Rica e Uruguai era 1,03 pesquisador para cada 1000 trabalhadores. Na Argentina, eram 2,91 pesquisadores por 1000 trabalhadores.

Só que os investimentos em pesquisadores não aumentou proporcionalmente ao crescente número de pesquisadores. No ano de 2014, 2,3 % do PIB brasileiro era gasto com pesquisadores. Em 2018, menos de 0,01%, de acordo com o Relatório de Ciências da Unesco.

Como resultado, a fuga de cérebros para os países que possuem maiores investimentos torna-se um problema inevitável.

A produção científica nos últimos anos no Brasil.

Os desafios da produção científica

Apesar de tudo, a produção científica apresenta números relativamente positivos.

Conforme o relatório da Clarivate Analytics, em colaboração com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), no período entre 2011 e 2016, o Brasil era o 13º produtor de publicações científicas.

Ainda segundo o relatório, 32,03% das pesquisas científicas brasileiras tiveram colaboração internacional.

Ocorreram muitas publicações voltadas para a área da saúde. Aliás, nesse nicho se concentram muitas empresas colaboradoras. Para citar um exemplo, a Petrobras esteve envolvida em 190 publicações nesse período.

Áreas das produções científicas.

De acordo com o relatório, as áreas que o Brasil mais se destaca nas produções científicas são: bioquímica, biologia molecular, ciência vegetal e saúde pública, ambiental e ocupacional. Outra área que vem se destacando e recebendo grandes recursos, é a ciência espacial, com receita de mais de 1 bilhão na última década no período analisado.

Já no período de 2015-2017, as publicações que tiveram parcerias entre universidades e as indústrias, corresponderam a 2,4% do total de publicações produzidas no período, em conformidade com o relatório da Unesco.

Em relação às parcerias com a indústria, o setor farmacêutico possui grande interesse em pesquisar novas soluções para a área da saúde. Segundo a Unesco, 38% das publicações são relacionadas à área da ciências da saúde.

Crescimento da produção científica.

Como mencionamos anteriormente, de 2011 a 2016, houve uma evolução no total de produções científicas, a qual continuou crescendo, chegando em 2019 com mais de 74 mil pesquisas científicas publicadas.

Apesar das limitações, cientistas brasileiros publicaram 3 vezes mais que a média global nos seguintes temas, por exemplo: uso sustentável de ecossistemas terrestres e estado da biodiversidade terrestre.

Na área da saúde, as produções científicas são 4,2 vezes maiores do que a média global para o assunto de doenças transmissíveis tropicais. Além disso, houve um crescimento de cerca de 250% em relação às pesquisas sobre novos vírus que possam infectar as pessoas.

As Universidades Públicas.

De acordo com a Andifes, o orçamento do MEC para as Instituições Federais em 2010 era de R$5,6 bilhões de reais, que hoje corrigido pela inflação seria aproximadamente de R$7,1 bilhões de reais. No ano de 2021, esse orçamento diminuiu para 4,5 bilhões de reais.

Como resultado dessa diminuição de recursos, falta dinheiro para pagar despesas básicas nas universidades como água, luz, segurança, insumos, salários de servidores e até mesmo programas de assistência estudantil.

Ainda segundo a Andifes, em seu relatório V Pesquisa Nacional de Perfil Socioeconômico e Cultural dos Graduandos das IFES, divulgado em 2018, a renda média do graduando era de R$ 1.328,00.  Assim, a bolsa de assistência estudantil possui como objetivo diminuir as desigualdades no acesso à educação superior pública. Por isso, a importância das bolsas para estimular e ajudar os estudantes a continuar os estudos, realizar pesquisas e participar dos programas de extensão.

Entretanto, com um orçamento reduzido, fica difícil auxiliar os estudantes em situação de vulnerabilidade.

Ranking Scimago.

Mesmo com as limitações, conforme o Scimago Institutions Rankings, que avalia a classificação de instituições acadêmicas, das 10 primeiras instituições brasileiras no ranking de pesquisa em 2022, todas são universidades públicas.

Conforme o relatório do panorama de produção científica de 2011 a 2016, no passado, 60% do financiamento público em pesquisa e desenvolvimento era destinado às instituições de ensino superior. Todavia, como vimos, nos últimos seis anos a situação mudou.

Outro dado importante apresentado pelo relatório é a concentração das pesquisas científicas. A região sudeste se destaca na publicação de documentos científicos: em 1º lugar, São Paulo; em 2º lugar, Rio de Janeiro e 3º lugar, Minas Gerais. No estado de São Paulo, destaca-se a Universidade de São Paulo (USP), considerada a maior produtora de pesquisa científica do Brasil, correspondendo a mais de 20% da produção nacional.

Esses dados vão de encontro com o ranking da Scimago, em que das 10 primeiras colocadas, 4 instituições são do estado de São Paulo, sendo a Universidade de São Paulo a líder do ranking.

Ranking Scimago: Pesquisa Científica Global.

Em relação ao ranking de pesquisa global, das universidades, a USP é a melhor colocada em 16º lugar. O que as pesquisas apontam é que, no geral, as universidades brasileiras melhoraram no ranking em comparação ao ano de 2019. As 3 primeiras colocadas são: Universidade de Havard (EUA), Universidade de Tsinghnuan (China) e a Universidade da Academia Chinesa de Ciências (China).

No decorrer do artigo, falamos muito sobre o papel do governo federal. No entanto, não podemos esquecer dos governos estaduais. De acordo com o relatório da Unesco, o governo de São Paulo é o estado que mais investiu em pesquisa e desenvolvimento, desde 2002.

No ano de 2017, de todos recursos estaduais investidos, os gastos do governo de São Paulo representaram 69,9%. Em segundo lugar, a região sudeste, com exceção de São Paulo, investiu no mesmo ano cerca de 10,9%. Já os governos estaduais das regiões norte e centro-oeste foram os que menos investiram: somente 3,3%.

Nesse sentido, podemos concluir que onde há maior investimento, existe uma maior concentração científica seja de pesquisa, seja de tecnologias.

A primeira vacina brasileira contra o COVID-19.

Com a proliferação do coronavírus, a ciência se viu desafiada a encontrar uma solução para problema com urgência, isto é, a criar uma vacina imunizante.

Nesse meio tempo, o Brasil realizou parcerias com empresas farmacêuticas, tais como, a fabricante chinesa de medicamentos Sinovac Biotech, que se associou ao Instituto Butantan para o desenvolvimento e testagem da vacina contra o Coronavírus, a CoronaVac.

Em novembro de 2020, começaram as pesquisas para o desenvolvimento da vacina brasileira contra a Covid-19, a Spin-Tec

De acordo com a Agência Fapesp, a vacina foi desenvolvida no Centro Tecnológico de Vacinas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em colaboração com a Fundação Oswaldo Cruz em Minas Gerais. 

O desenvolvimento do imunizante contou com a parceria de várias instituições como o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a FAPESP. Esses parceiros investiram e apoiaram nas fases 1 e 2 e nos ensaios pré-clínicos e clínicos.

Vantagens da SpiN-Tec.

A SpiN-Tec é uma grande conquista da ciência brasileira. A primeira vacina desenvolvida com insumos e tecnologia nacionais.

Em novembro do ano passado, iniciou os primeiros testes em humanos na Faculdade de Medicina da UFMG, em Belo Horizonte (MG). Ela traz algumas vantagens no que se refere a outros imunizantes como a maior efetividade contra variantes do SARS-CoV-2. Além disso, pode ser mantida a uma temperatura de 4ºC, como outras vacinas. Assim, pode facilitar o transporte, alcançando lugares remotos, sem perder a qualidade e prejudicar a sua eficácia.

Conclusão.

Neste artigo, vimos os desafios das produções científicas no Brasil. Desde os poucos recursos, falta de infraestrutura nas universidades públicas e o apoio para os pesquisadores.

Entretanto, a ciência brasileira vem ganhando mais espaço no cenário mundial, apesar das limitações. Como exemplo, a parceria de instituições públicas com empresas farmacêuticas para o desenvolvimento de vacinas e insumos para o combate ao novo coronavírus.

Além disso, o Brasil está desenvolvendo a sua primeira vacina, 100% brasileira.

Portanto, se com poucos recursos, a ciência está evoluindo, com mais investimentos nas universidades e a valorização da ciência e dos profissionais, todos só temos a ganhar.

A ciência é o suporte para o desenvolvimento econômico, social e sustentável. Podemos ser referência mundial em pesquisa, inovação e sustentabilidade. Para isso acontecer, a ciência deve ser prioridade, assim como a educação, porque ambas caminham juntas.

Acesse institutobrasilsocial.org.br/blog e confira outros artigos do Instituto Brasil + Social.

Escrito por Adilson Júnior.

Revisado por Thais Moreno Ferreira.

Publicado por Gabriela Burcius Arguelles Horrio.

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O Enem e as desigualdades educacionais no Brasil https://institutobrasilsocial.org.br/o-enem-e-as-desigualdades-educacionais-no-brasil/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=o-enem-e-as-desigualdades-educacionais-no-brasil https://institutobrasilsocial.org.br/o-enem-e-as-desigualdades-educacionais-no-brasil/#respond Fri, 30 Dec 2022 11:50:38 +0000 https://institutobrasilsocial.org.br/?p=12796 As desigualdades educacionais agravaram ainda mais com a pandemia de Coronavírus Conforme o artigo 205 da Constituição de 1988, a educação é um dever do Estado que deve possuir como objetivo,o desenvolvimento pleno do indivíduo, como também seu preparo para a cidadania e qualificação para o mercado de trabalho. Porém, diante das desigualdades educacionais no...

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As desigualdades educacionais agravaram ainda mais com a pandemia de Coronavírus

Conforme o artigo 205 da Constituição de 1988, a educação é um dever do Estado que deve possuir como objetivo,o desenvolvimento pleno do indivíduo, como também seu preparo para a cidadania e qualificação para o mercado de trabalho. Porém, diante das desigualdades educacionais no Brasil, estamos distantes da educação de excelência para todos.

Embora seja papel do Estado promover uma boa educação, o gasto médio por aluno deixa a desejar em relação ao gasto médio por aluno nos países desenvolvidos.De acordo com a pesquisa Education at a Glance realizada pela OCDE, o gasto por aluno na escola pública é menos da metade do valor investido em países desenvolvidos.

Nesse sentido, muitas famílias com melhores condições financeiras, optam por matricular seus filhos em escolas particulares. No Brasil, o número de matrículas ultrapassaram 8 milhões.

Enquanto as escolas particulares preparam os alunos para passar em um vestibular, nos colégios públicos, sem investimento constante, muitos estudantes acabam tendo de conciliar estudos com trabalho.

Dessa forma, o seu objetivo não é de ingressar em uma universidade, mas sim ajudar no sustento da família. Conforme o Inep, 1 em cada 4 alunos que saem da escola da rede pública presta o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM).

Assim,nesse post, vamos explicar as desigualdades educacionais e os seus impactos no acesso à universidade.

O artigo está estruturado da seguinte maneira:

  • Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD)
  • Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB)
  • Enem
  • Pandemia e Enem
  • Conclusão

Ótima leitura!

Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD)

Trabalho de Crianças e Adolescentes

Devido à pandemia do Coronavírus e a estagnação econômica que afetou não só o Brasil, como também o mundo, milhares de pessoas perderam seus empregos. Muitas famílias viram na informalidade, um meio para se sustentarem.

Entretanto, na informalidade a renda não é certa. Às vezes, o pouco que se ganha, nem sempre é o suficiente. Nesse sentido, muitas crianças e adolescentes, tentam conciliar trabalho com o estudo ou abandonam os estudos para ajudar a família.

Muitas crianças começam a trabalhar cedo. Só que essa realidade, não é de agora. Conforme a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), mais de 1500 crianças e adolescentes, estudantes, entre 5 e 17 anos, realizavam trabalho infantil em 2019.

Cerca de 247 crianças e adolescentes em condição de trabalho infantil não estudavam

Outro dado apresentado pela pesquisa é a execução de afazeres domésticos ou cuidados com indivíduos. Cerca de 1368 crianças e adolescentes exercem essas funções de trabalho.

As pessoas negras em condições de trabalho infantil, representam o dobro das pessoas brancas.

Atividades no trabalho infantil

A pesquisa é bem abrangente, explanando vários dados e as mudanças ocorridas no período de 2016 à 2019 . De acordo com a PNAD, 1087 pessoas entre 5 e 17 anos, estudantes, estavam em situação de trabalho infantil e realizavam atividade econômica, ou seja, gerar riqueza através da extração e transformação de recursos em bens e serviços.

O Estudo também trouxe dados relevantes sobre o trabalho infantil e a atuação de atividade econômica e de autoconsumo. Em 2019, 95 pessoas entre 5 e 17 anos realizaram essas atividades. São muitas atividades, não é mesmo? E ainda conciliam com os estudos.

Além disso, acima de 300 pessoas nessa faixa etária, realizam atividades como serviços domésticos, agricultura, comércio entre outras atividades.

Educação

A pesquisa PNAD, explanou dados sobre a educação em 2018. Segundo a pesquisa, 24285 pessoas de 14 anos ou mais não possuem nenhum grau de instrução. Mais de 37 mil pessoas possuem entre 5 e 8 anos de estudos.

Um ponto positivo: 79127 pessoas possuem mais de 12 anos de estudos no Brasil.

Todavia, vocês devem estar se perguntando: Esses anos de estudos equivalem a qual grau de instrução? 

Os anos de estudos correspondem ao grau de escolaridade como Ensino Fundamental, Médio ou Superior. Conforme a amostra da pesquisa, há 9526 pessoas de 14 anos ou mais sem nenhuma instrução. Com o ensino fundamental incompleto mais de 52 mil pessoas.

Já os indivíduos com o ensino médio incompleto são mais de 9 mil pessoas.

Assim como a pesquisa trouxe dados sobre o grau de escolarização dos brasileiros, ela avaliou também os estudantes brasileiros.

De acordo com o relatório, a taxa de frequência escolar líquida é maior entre brancos do que negros. No ensino médio, pessoas brancas com idades entre 15 e 17 anos, o índice de frequência escolar é de 76,5%, enquanto para pessoas negras é de 64,9%

Outro ponto a destacar é a quantidade de pessoas frequentando o Ensino  Médio nas escolas públicas e privadas. Em 2018, das pessoas entrevistadas, 1114 frequentam escolas privadas e 7434 escolas públicas.

As motivações para continuar os estudos

O estudo analisou as motivações das pessoas entre 15 e 29 anos que possuem uma posição de instrução inferior ao ensino superior e que frequentavam escola, cursos de pré-vestibular, técnico de nível médio ou qualificação profissional

Conforme os resultados apresentados, as motivações que levaram as pessoas a não continuarem os estudos ou até de cursar uma faculdade foram: trabalho ou estavam procurando um emprego, 9943 pessoas, 5090 não possuem interesse em estudar e para mais de 5400 pessoas: falta de dinheiro para pagar as despesas ou ter que cuidar dos afazeres.

Entretanto, as motivações para pessoas negras e brancas são bem diferentes. As motivações das pessoas brancas para não continuarem os estudos foram: Trabalho (3251) , não terem interesse (1659) e não terem dinheiro para as despesas (949). Já para as pessoas negras são: trabalho (6015); não possuem interesse (3393), falta de dinheiro para pagar as despesas (1710) e por ter que cuidar dos afazeres (1954)

Assim, os resultados da PNAD mostram como as desigualdades sociais influenciam no acesso às oportunidades. Outro ponto importante é o elevado número de pessoas sem o interesse de cursar o ensino superior. Essa falta motivação parte não só de familiares como também das escolas.

Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB)

A inexistência de interesse das pessoas em continuar os estudos, desestimula o estudante, levando ao abandono e a reprovação.

De acordo com o Ideb de 2021, a média da  taxa de insucesso (reprovação + abandono) no 1º ano do Ensino Médio em 2019 era 19,3%. Na rede pública, a taxa era de 21,3%.. Em contrapartida, a taxa na rede privada, era de apenas 6%

Em relação ao 3º ano do Ensino Médio, ano final da educação básica, a média da taxa de insucesso era de 7,5%. Nos colégios públicos, a taxa ficou acima da média, 8,4%. Em contraste, nos colégios privados, somente 1,4%

Em 2020, período crítico devido à crise do novo coronavírus, onde muitas escolas adotaram  o ensino remoto, a média da taxa de insucesso foi de 5,9% no 1º ano do Ensino Médio. Escolas públicas, 6,7% e escolas privadas, 1,7%.

No 3º ano do Ensino Médio, a média da taxa era de 4,5%. As escolas públicas, 5,1%, enquanto as escolas particulares 0,6%

Percebemos altas taxas de reprovação e abandono no ensino médio, última etapa antes do ensino superior. Segundo o relatório do Ideb, os jovens com 17 anos de idade correspondem a maior faixa etária que não frequentam a escola.

Mais de 488 mil jovens com 17 anos estão fora das escolas

O índice de insucesso reflete o desempenho nas escolas no ano letivo. O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica calcula o conhecimento dos alunos em Português e Matemática, conforme a prova do Saeb e o fluxo escolar

Notas das escolas no IDEB

Neste artigo, vamos analisar as notas das redes de ensino pública e privada nos anos de 2019 e 2021.

O Ensino Médio é a última etapa da educação básica, e uma etapa primordial para a preparação do jovem para ingressar em uma universidade ou um curso técnico.

Uma educação de excelência proporciona às pessoas, oportunidades de ingressar em uma universidade. O mercado de trabalho está cada vez mais exigente, e uma boa educação faz toda a diferença.

As metas do Ideb variam em uma escala de 0 a 10 pontos. No período de  2019, as notas  para o Ensino Médio eram:

  • Nota >= 6,2: A maior parte dos estudantes possuem um ensino adequado;
  • Nota >= 5,2: O Ideb alcançou a meta nacional
  • Nota >= 4,2: O Ideb não alcançou a meta nacional e a nota está um pouco abaixo
  • Nota < 4,2: O Ideb está aquém da meta nacional

No ano de 2019, a média das notas das escolas públicas e privadas no Ideb foram:

  • Escola pública: 3,9 pontos
  • Escola Estadual: 3,9 pontos
  • Escola Privada: 6 pontos
  • Total das escolas: 4,2 pontos

De acordo com os dados apresentados, o Ideb do Ensino Médio das Rede de Ensino Pública e Estadual estão abaixo da meta nacional. Entretanto, as escolas particulares alcançaram a meta nacional.

Proficiência em Matemática e Português

Um dos fatores para calcular a nota do Ideb são as escalas de aprendizado, isto é, o conhecimento dos alunos é dividido em níveis conforme a escala da prova do SAEB. Essa escala vale para as notas em matemática e português.

A proficiência média das escolas em português, segundo a prova do Saeb em 2019 foram:

  • Rede pública: 272,33 pontos ( Básico – Nível 2: 250 -274 pts)
  • Rede Estadual: 272,02 pontos ( Básico – Nível 2: 250 -274 pts)
  • Rede Privada: 322,11 pontos (Proficiente – Nível 4: 300 -324 pontos)


A proficiência média das escolas em matemática, segundo a prova do Saeb foram:

  • Rede pública: 269,03 pontos ( Insuficiente- Nível 2: 250 -274 pts)
  • Rede Estadual: 268,61 pontos ( Insuficiente – Nível 2: 250 -274 pts)
  • Rede Privada: 334,72 pontos (Básico – Nível 5: 325 -349  pontos)

Ideb e Proficiência em português e matemática em 2021

Em relação ao ano de 2021, a média das notas das escolas públicas e privadas no Ideb foram:

  • Escola pública: 3,9 pontos
  • Escola Estadual: 3,9 pontos
  • Escola Privada: 5,6  pontos
  • Total das escolas: 4,2 pontos

Em comparação ao ano de 2019, a rede privada alcançou a meta nacional, enquanto a rede pública e estadual estagnaram

A proficiência média das escolas em português, segundo a prova do Saeb foram:

  • Rede pública: 269,79 pontos ( Básico – Nível 2: 250 -274 pts)
  • Rede Estadual: 269,54 pontos ( Básico – Nível 2: 250 -274 pts)
  • Rede Privada: 315,02 pontos (Proficiente – Nível 4: 300 -324 pontos)


A proficiência média das escolas em matemática, segundo a prova do Saeb foram:

  • Rede pública: 262,71 pontos ( Insuficiente- Nível 2: 250 -274 pts)
  • Rede Estadual: 262,37 pontos ( Insuficiente – Nível 2: 250 -274 pts)
  • Rede Privada: 323,42 pontos (Básico – Nível 4 : 300 – 324  pontos)

Assim, os dados apresentados mostram que a educação de qualidade está longe do adequado. A rede privada foi a rede que apresentou os melhores resultados. As redes pública e estadual deixaram a desejar, com notas insuficientes.

A pandemia agravou a educação, afetando tanto o ensino público como o privado. As respostas à crise de coronavírus foi essencial para a conclusão do ano letivo e uma boa preparação para os vestibulares.

Entretanto, muitas escolas demoraram a adotar medidas para amenizar os efeitos da pandemia na educação.

Exame Nacional do Ensino Médio (Enem)

Diante dessas desigualdades educacionais apresentadas pelo IDEB, entre escolas da rede pública e privada , o Exame Nacional do Ensino Médio é o maior vestibular do país, que oferece diversas vagas em instituições federais, públicas e particulares.

Entretanto, conforme os dados apresentados pelos pesquisadores da UFRJ em parceria com o Instituto Unibanco, 1 em cada 4 alunos da escola pública faz o Enem.

De acordo com o Censo Escolar divulgado pelo IDEB em 2021, a rede estadual concentra 84,5% das matrículas e cerca de 96% dos alunos da rede pública.

Em contrapartida, a rede privada concentra 12% das matrículas. Como vimos anteriormente, as escolas privadas foram melhores avaliadas na prova do Saeb e estão mais próximas do ensino adequado para os alunos.

Com a baixa participação dos alunos das escolas públicas na prova do Enem, o número de inscritos vêm diminuindo ano a ano.

Em 2013, segundo o Ministério da Educação, eram 8 milhões de inscritos. Já em 2022, foram apenas 3,4 milhões de inscritos

Conforme a pesquisa da UFRJ, das pessoas inscritas, a menor participação são de negros, pardos (50%)  e pessoas em situação de vulnerabilidade social (23%).

Perfil das pessoas que fazem a prova do Enem

Como vimos, nos dados divulgados pela pesquisa PNAD sobre Educação e Trabalho, muitos jovens acabam tendo que conciliar trabalho e estudo ou abandonam os estudos para ajudar no sustento da família. Embora, essa realidade é maior em jovens negros e pardos do que jovens brancos.

Como as responsabilidades para muitos jovens já começam cedo, o sonho de cursar uma universidade se torna uma realidade distante.

Segundo a reportagem da CNN Brasil, o perfil dos estudantes que realizaram a prova do Enem em 2022 era: mulher, parda, com 18 anos e o ensino médio completo.

Das pessoas inscritas apenas 390 mil eram pretas. Em contrapartida, os brancos representavam 1,3 milhões de pessoas.

Em 2020, conforme a pesquisa PNAD/IBGE, 50,7 % dos jovens sem ensino superior são negros ou pardos. 

Ainda segundo o relatório, jovens brancos entre 18 e 24 anos, possuem duas vezes mais chances de frequentarem ou já terem concluído o ensino superior do que os negros, da mesma faixa etária.

Pandemia e o Enem

A pandemia do Coronavírus, agravou ainda mais as desigualdades educacionais entre o ensino público e privado. Com o ensino remoto, muitos estudantes não conseguiram estudar com qualidade devido à falta de internet . São mais de 4 milhões de estudantes sem acesso à internet , de acordo com o IBGE.Quem possui melhor infraestrutura como internet de qualidade, não foi tão prejudicado.

O blog do Instituto Brasil Mais Social, escreveu um artigo bem legal sobre os Impactos da Pandemia na Educação Brasileira. Neste post, fizemos um comparativo sobre a educação antes e depois da crise do coronavírus. Além disso, trazemos dados importantes sobre o PISA, IDEB e muito mais. 

Assim, compreendemos que as desigualdades educacionais pioraram, aumentando ainda mais as desigualdades entre a classe média e as pessoas em vulnerabilidade social.

Conforme o relatório PNAD, no ensino superior, 61,5% dos estudantes é composta por jovens de maior renda, enquanto 7,6% pertencem ao quinto menor rendimento

Portanto, as classes média e alta, são as que frequentam bons colégios e ocupam a maior parte das vagas em universidades, sejam elas públicas ou privadas. Entretanto, a maior parte dos jovens estudantes da rede pública, onde a maioria possuem uma renda baixa, são a minoria nas universidades

Conclusão

No artigo, entendemos a fundo, as desigualdades educacionais presentes em nosso país. As desigualdades não estão presentes apenas no ensino médio ou devido à pandemia, mas começam desde os anos iniciais da educação básica.

Na pesquisa PNAD, vimos como o trabalho infantil é prejudicial para o desenvolvimento educacional das crianças e adolescentes.

Nesse hiato, a pesquisa mostrou a escolarização da população brasileira e as motivações de jovens e adultos em continuar os estudos e ingressar em uma universidade.

Apresentamos os dados do Ideb, explicando a situação da educação brasileira no ensino médio.

E por fim, mostramos o perfil dos estudantes que realizaram a prova do Enem e que ingressam no ensino superior.

Contudo, uma boa educação não é uma realidade para todos. A educação pública, que deveria ser um exemplo, apresentou um desempenho pior que o ensino privado.

A educação privada com mais investimentos, infraestrutura, apresentou notas melhores no Ideb e também preparou melhor os estudantes para o Enem e os vestibulares.

Como vimos, jovens com boa renda, constituem a maior parte dos estudantes nas universidades.

Em contrapartida, a educação privada é acessível para poucos como mostramos no total de matrículas na rede privada.

Portanto cabe ao poder público, investir mais na educação pública desde os anos iniciais do ensino básico. Além disso, valorizar professores, e também propor e executar políticas públicas que possam ajudar no desenvolvimento das pessoas. Assim podemos, erradicar o trabalho infantil e aliada à uma educação gratuita e de qualidade, crianças e jovens podem focar em seus estudos e realizarem os seus sonhos

Escrito por Adilson Junior.

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O sistema de cotas sociais foi instituído no Brasil em 2012, através da Lei Nº 12.711, conhecida também como Lei de Cotas. O objetivo principal é reparar a desigualdade racial, econômica e educacional na população.

A Lei Federal nº 12.711/2012, conhecida como Lei de Cotas ou ações afirmativas, garante que vagas de universidades e faculdades sejam reservadas, a fim de integrar pessoas de baixa renda e autodeclaradas pretas, pardas, indígenas, assim como pessoas com deficiência. Além de garantir a oportunidade de ingressar em uma instituição de ensino superior. Com isso, o objetivo das cotas é diminuir as desigualdades e o racismo estrutural que, muitas vezes, não dão oportunidades de acesso à educação superior e ao mundo do trabalho.

As cotas (ou ações afirmativas) são políticas públicas que visam priorizar determinados grupos que sofrem desigualdade social em função de raça, gênero ou deficiência. O objetivo é propiciar mais igualdade ao acesso digno em oportunidades. Além disso, o sistema de cotas garante o ingresso de estudantes de baixa renda em processos seletivos para o acesso em instituições de ensino superior, usando programas como Sisu e ProUni. Assim podem garantir vagas em vestibulares e concursos públicos.

Cotas sociais

As instituições devem reservar 50% das vagas para pessoas que completaram o ensino médio integralmente na rede pública de ensino. Sendo metade delas (25%) reservada aos estudantes que possuem renda mensal ou per capta igual ou inferior a 1,5 salário-mínimo. A outra metade (25%) para aqueles que possuem renda superior a 1,5 salário-mínimo.

Cotas raciais por deficiência

Estudantes autodeclarados pretos, pardos e indígenas, e pessoas com deficiência também podem concorrer a vagas em universidades utilizando a Lei de Cotas. A quantidade de vagas reserva para pessoas de acordo com a quantidade por unidade federativa, segundo o censo demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

As cotas sociais são ofertadas aos estudantes de baixa renda familiar que cursaram o ensino médio, em completude, em instituições públicas e também às pessoas com deficiência. Essas pessoas se encontram em situação de vulnerabilidade, principalmente em questões financeiras e educacionais. Por isso, têm o direito ao benefício para acesso a universidades através das cotas.

Trata-se de uma forma de amparar os estudantes por não terem acesso à educação de qualidade nas escolas públicas e que não possuíam recursos para aprimorar seus estudos de outras formas. Isso porque o abismo que existe entre a educação pública e a educação privada é evidente e constrói uma desigualdade de oportunidades entre esses estudantes.

A importância das cotas sociais

A importância dessa cota é clara: um estudante da rede pública, membro de uma grande e conturbada família, com pouquíssimos recursos e com pouco tempo para estudar, muitas vezes tendo que trabalhar para sustentar a família, não pode e nem deveria concorrer de igual para igual com um aluno da rede privada, membro de uma família rica e bem estruturada, que possui vários recursos e tempo para aprimorar seus estudos…

Apesar de ser um país miscigenado, onde a maioria da população é composta por negros e pardos, o Brasil é considerado um país racista. Essa parcela da população sofre preconceitos diários e, além disso, não consegue as mesmas oportunidades que as pessoas brancas. Por isso, apesar de ser a maioria da população, os negros ocupam a minoria dos lugares importantes, de relevância social e das cadeiras universitárias.

Leia também: Os impactos da pandemia na educação brasileira

Essa desigualdade social entre pretos e brancos existe desde a escravidão, onde os negros eram separados para trabalhos pesados e eram abusados e torturados constantemente por seus donos. Eram considerados seres humanos sem alma. Com a abolição da escravidão, os negros ficaram livres, mas totalmente desamparados: não tinham para onde ir e passaram a viver em péssimas condições. Migraram das senzalas para as favelas.

A Constituição Federal de 1988 diz que “Todos são iguais perante a lei”. Porém, sabemos que na prática, isso não acontece. Por isso, devemos olhar para esta frase com a ideia de igualdade material e de equidade. Todos devem tratar com igualdade e os desiguais na medida das suas desigualdades, a fim de alcançar um julgamento justo.

Fontes

Mudes e Unieducar

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Os Impactos da Pandemia na Educação Brasileira. https://institutobrasilsocial.org.br/os-impactos-da-pandemia-na-educacao-brasileira/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=os-impactos-da-pandemia-na-educacao-brasileira https://institutobrasilsocial.org.br/os-impactos-da-pandemia-na-educacao-brasileira/#respond Mon, 14 Nov 2022 13:00:00 +0000 https://institutobrasilsocial.org.br/?p=12741 Em março de 2020, a Organização Mundial da Saúde declarou o estado de pandemia para a contaminação do Novo Coronavírus, também conhecido como COVID -19 (SARS – CoV – 02). Afinal, essa doença é uma infecção respiratória aguda com alta transmissão de contágio.  Qual é o conceito de pandemia? A pandemia é um surto de...

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Em março de 2020, a Organização Mundial da Saúde declarou o estado de pandemia para a contaminação do Novo Coronavírus, também conhecido como COVID -19 (SARS – CoV – 02). Afinal, essa doença é uma infecção respiratória aguda com alta transmissão de contágio. 

Qual é o conceito de pandemia?

A pandemia é um surto de uma nova doença que se inicia em uma determinada região e se espalha para diversas regiões de pessoa para pessoa, de forma rápida e sustentada.

Para diminuir essa taxa de transmissão, os países adotou medidas como o lockdown, isolamento social e algumas fases restritivas. Assim como no Brasil, onde coube aos estados e municípios decidirem quais dessas medidas adotarem para diminuírem o contágio.

Com a adoção dessas medidas, eventos presenciais não podiam acontecer. Dessa forma, muitas empresas adotaram o home office para evitar aglomerações e para que menos pessoas circulassem nas ruas. Além disso, serviços não essenciais atendiam de forma online ou delivery. Sem dúvida, foram muitas mudanças em pouco tempo. 

Nesse texto, vamos apresentar os impactos da pandemia do COVID -19  na educação brasileira. Para entendermos melhor esse assunto, o post abordará 3 temas principais:

  • A educação brasileira antes da pandemia;
  • O ensino remoto durante a pandemia;
  • Os impactos da pandemia na educação brasileira.

A Educação Brasileira Durante a Pandemia.

Durante a pandemia, uma das mudanças foi a adoção das escolas pelo ensino remoto, ou seja, onde as crianças e adolescentes assistiam as aulas de suas casas ao invés de irem para as escolas.

Mas será que as escolas estavam preparadas para o ensino remoto? Todos os alunos tinham acesso à internet? Ou houve perda no aprendizado?

A Educação Brasileira Antes da Pandemia.

A cada 3 anos, a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico, a OCDE, realiza uma avaliação, o Programa Internacional de Avaliação dos Estudantes (PISA)

A última edição realizada foi em 2018, com cerca de 79  países. O objetivo é avaliar o nível de aprendizado em leitura, ciências e matemática

Participam dessa avaliação, estudantes de 15 anos. No Brasil, em um único dia 10.691 alunos de 638 escolas participaram da prova em 2018.

Os resultados do Brasil nas avaliações do PISA e do IDEB

Os resultados apontaram que a educação de qualidade para todos é uma realidade um pouco distante. As notas do Brasil foram:

Leitura: 413 pontos; Posição no ranking: 55º e 59º

Matemática: 384 pontos, Posição no ranking: 69º e 72º

Ciências: 404 pontos; Posição no ranking 64º e 69º

A escala de notas é de 0 a 600 pontos e o mínimo considerado pela (OCDE) é de 150 pontos.

O Brasil não ia bem nas avaliações internacionais. E os resultados das avaliações nacionais não são animadores.

De acordo com avaliação do Ideb ( Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) de 2019, a média geral de avaliação da educação básica era de 5,9 pontos, numa escala de 0 a 10. Participaram dessa avaliação 15 milhões de alunos e 109 mil escolas.

Ainda segundo essa avaliação, nos anos finais do Ensino Fundamental, a nota dos alunos avaliados foi de 4,9 pontos, onde participaram cerca de 4,9 milhões de alunos. 

Já no Ensino Médio, a nota foi de 4,2 pontos. Participaram 7,5 milhões de alunos e contou com 28,8 mil escolas brasileiras.

Esse era o retrato da educação em 2019. Agora, como era o acesso à internet de crianças e jovens? 

Educação e o acesso de crianças e jovens à internet em 2019

A pesquisa, Tecnologia de Informação e Comunicação ( TIC 2019) , sobre  educação, divulgado pelo CETIC (Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação),  aponta que somente 35% dos alunos entrevistados que estudaram  em escolas urbanas, possuíam um computador de mesa. Já para 34% desses alunos, não possuíam computador ou tablet em seus domicílios.

Segundo a pesquisa, na Região Norte e Nordeste, cerca de 26% dos alunos das escolas urbanas acessaram a internet exclusivamente pelo celular. No geral, nas escolas públicas, 21 % dos alunos usavam o celular para acessar à internet. Nas  escolas particulares, eram somente 3%.

O acesso à internet dos professores e escolas rurais

Em relação às escolas rurais, apenas 24% dos estudantes entrevistados tinham acesso à internet. Em comparação entre as regiões brasileiras, no Nordeste 13 % das escolas rurais possuíam acesso,enquanto na região Sul, eram 46%

Para os professores, as principais dificuldades para o usos de tecnologia em atividades pedagógicas, foram o  número insuficientes de computadores por aluno, 72%, seguido pelo número insuficientes de computadores conectados à internet, 68%. Equipamentos obsoletos ultrapassados representavam cerca de 65%

O público alvo dessa pesquisa foram turmas do 2º ou 9º ano do ensino fundamental ou 2º ano do ensino médio de escolas públicas e privadas localizadas nas áreas urbanas ou rurais, além de professores, coordenadores e diretores de escolas.

Os dados apresentados, mostram que o acesso à internet era bem desigual entre regiões e escolas públicas e privadas, urbanas e rurais. E com a pandemia, as escolas com essas condições tiveram que se adaptar rapidamente para que os alunos não ficassem sem estudar.

O Ensino Remoto Durante a Pandemia.

Antes da pandemia, como vimos , as escolas não estavam preparadas e nem todos os alunos tinham acesso à internet de qualidade. Para muitos,  o principal acesso era através do celular.

Com a pandemia, o isolamento social e as medidas restritivas, o ensino remoto se tornou uma solução para que a educação continuasse.

Porém essa mudança não foi planejada e foi implementada às pressas. A internet teve um papel importante para que os professores pudessem ensinar e evitar uma perda ainda maior no aprendizado.

Agora iremos avaliar como foi o ensino remoto em 2020 e  os desafios dos pais, alunos e professores.

Os desafios para os pais, alunos e professores na pandemia

De acordo o relatório  do Banco Mundial, sobre o Acesso às atividades escolares no Brasil durante a Pandemia com base na PNAD COVID-19 – julho a novembro de 2020, divulgado em maio de 2021, cerca de 3,3 milhões de crianças de 6 a 16 anos, não teve nenhum acesso à atividade escolar, embora estivessem matriculadas.

Esse número reflete as desigualdades sociais e regionais,na educação do país.

O acesso às atividades escolares é menor nas regiões Norte e Nordeste.De acordo com a renda, 75 % das crianças frequentavam durante a semana por 5 dias ou mais  as aulas ou atividades remotas em famílias abastadas e de alta renda. Em  famílias de baixa renda eram apenas 50%.

Nas áreas rurais, 24% das crianças não tinham acesso às atividades escolares, enquanto na área urbana era 8,9% em novembro de 2020

Já para as pessoas entrevistadas com 16 anos ou mais, 82 % dos usuários de internet acompanhavam as aulas remotas. E para 71% dos entrevistados, o acesso ao conteúdo era por meio de site, redes sociais ou aplicativos de videoconferência

As dificuldades do acesso ao ensino remoto

Para essas pessoas, as principais dificuldades com o ensino remoto foram: o esclarecimento das dúvidas com os professores (38%), a falta ou baixa qualidade de internet (36%) e a falta de estímulo para estudar (33%)

Umas das ações das Secretarias  Municipais de Educação para o acesso aos materiais didáticos pelos estudantes das famílias que vivem em situação vulnerável, foi a entrega de livros e apostilas.

 Na  região Norte, cerca de 37% dos entrevistados acessaram as atividades escolares por meio de materiais impressos.

De acordo com a pesquisa Undime  (União Nacional dos Dirigentes Municipais da Educação) com apoio do Itaú Social e Unicef , sobre Volta às aulas  2021, avaliou as estratégias usadas pelas Secretarias Municipais de Educação, e cerca de 95% das escolas municipais utilizaram o material impresso. O uso videoaulas online ao vivo correspondiam somente a 21% das escolas

Janaína Rocha, pedagoga, moradora do estado de Goiás: A escola do meu filho seguiu o cronograma e o material didático e eu estava em casa para auxiliá -lo.Porém, teve amigos do meu filho que não conseguiram acompanhar e saíram da escola.

Como as desigualdades sociais impactaram o ensino remoto

Se as aulas ao vivo e online não era uma realidade para todos alunos, os dispositivos para o  acesso às aulas remotas para pessoas de 16 ou mais eram bem desiguais, segundo o Painel TIC COVID -19 (Pesquisa sobre o uso da internet no Brasil durante a pandemia do novo coronavírus: Ensino Remoto e Teletrabalho), divulgado em novembro de 2020

Cerca de 45% dos alunos entrevistados das classe A e B acompanhavam as aulas remotas pelo notebook ou computador, enquanto os usuários da classe D e E eram 11% O principal equipamento utilizado foi o celular, cerca de 54%.

Trabalho e Renda

As desigualdades para o acesso ao ensino remoto são enormes e a renda foi um fator importante no acompanhamento das aulas ou atividades remotas.

Para os usuários de internet com 16 anos ou mais, os principais fatores para não acompanhar as aulas remotas foram a necessidade de buscar emprego 56% , cuidar de casa, filhos ou outros parentes 48% e não sentem motivação para estudar (45%)

Um dado interessante é que para 32% dos usuários, as escolas não ofereceram aulas ou atividades escolares. Percebemos que algumas escolas demoraram para adotar medidas pedagógicas para a continuidade do ensino durante a pandemia.

Essa pesquisa entrevistou 2728 pessoas e o público -alvo foram pessoas usuárias de internet com 16 anos ou mais de idade no Brasil.

Os dados apresentados nos mostram como os estudantes mais vulneráveis foram os mais prejudicados. Sem equipamentos, internet de qualidade e ainda terem de ajudar em casa para o sustento da família. Sendo que na pandemia, muitas pessoas perderam seus empregos e para gerar renda, o trabalho informal era uma das poucas opções para não passar fome. A educação não se tornou prioridade

E essa realidade reflete no desempenho da educação brasileira. Como a pandemia impactou a nossa educação? A educação foi prejudicada?

Os Impactos da Pandemia na Educação.

De acordo com a UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância), com as escolas fechadas, muitas crianças e adolescentes ficaram vulneráves a diversas situações,  como o trabalho infantil e sem ter o que comer em casa. Logo que, para muitas crianças em situação vulnerável, a merenda escolar  era uma das principais refeições do dia.

Além disso, outro impacto da pandemia foi a socialização entre as crianças. De acordo com a pedagoga, Janaína Rocha, um fator negativo do ensino remoto foi a não socialização, necessária no momento da pandemia. Entretanto, a interação com os colegas e atividades em grupo é muito importante, para estimular o pensamento.

Leia Mais: Dia Nacional de Conscientização do Combate ao Desperdício de Alimentos

As perdas de aprendizagem na prova do SAEB

De acordo com estudo do Insper (Núcleo Ciência pela Gestão Educacional) em parceria com o Instituto Unibanco divulgado em junho de 2021, sobre as perdas de aprendizagem na pandemia, se os alunos do 2º ano do Ensino Médio não tivessem transitado do ensino presencial para o ensino remoto, a perda em português e matemática seria entre 9 e 10 pontos na escala do SAEB (Sistema  De  Avaliação da Educação Básica)

Só para exemplificar, se no ano de  2021 fosse adotado somente o ensino remoto, as perdas em português seriam de 16  pontos na escala do SAEB, quanto em matemática cerca de 20 pontos, para os alunos que estariam terminando o 3º ano do ensino médio.

Mesmo que o ensino remoto foi adotado a partir do segundo semestre de 2021, em novembro, para 14% dos alunos dos anos finais escolares, o ensino remoto ainda era realidade. Além disso, nos anos iniciais, 12,7% dos alunos estudavam de forma remota.

Da mesma forma, nas escolas rurais, nesse mesmo período, nos anos iniciais, cerca de 18% dos alunos estudaram de forma remota e nos anos finais 18,9% dos alunos.

Os impactos da pandemia na vida profissional dos jovens

No final de 2021, o ensino remoto era realidade para muitos estudantes. De acordo com o relatório do Insper, se o ensino híbrido não fosse adotado no 2º semestre de 2021, junto com medidas para recuperação do aprendizado, cada estudante que concluísse o ensino médio em 2021, teria uma perda de renda ao longo da sua vida entre R$ 20 mil e R$40 mil

Além disso, juntando os alunos do ensino fundamental e do ensino médio as perdas ao longo da vida são de 700 bilhões, podendo chegar a 1,5 trilhão caso o ensino remoto fosse adotado até o  final de 2021.

A pré – escola, muito importante no processo de alfabetização, cerca de 21,8% das crianças, continuavam  aprendendo de forma remota, nas escolas urbanas, enquanto na área rural 26,8% das crianças.

Assim como, na educação infantil e na educação fundamental, o envio de material impresso e as orientações por whatsapp eram as principais medidas pedagógicas adotadas no ensino remoto em 2021

A avaliação da educação brasileira depois da pandemia

Com a pandemia, os resultados da avaliação do PISA foram adiados. Esses resultados que seriam divulgados em 2021, foram adiados para esse ano. Por consequência, a edição de 2024, será realizada em 2025.

Já a avaliação do ( IDEB), um dos principais índices de educação básica,  divulgada esse ano, sobre o desempenho da educação brasileira em 2021, não apresentou grandes mudanças em comparação com o ano de 2019.:

Nos anos iniciais, a nota do Ideb era 5,9 pontos e foi para 5,8 pontos em 2021

Nos anos finais, a nota teve uma aumento de 4,9 em 2019, para 5,1 pontos 

E o ensino médio, a mesma nota de 2019: 4,2 pontos

Esses dados divulgados, podem não retratar a realidade da educação brasileira por dois fatores: O primeiro, muitas escolas, para não prejudicar os alunos que tiveram dificuldades com o ensino remoto, aprovaram os alunos automaticamente. 

E segundo, as aplicações  das provas do SAEB, cujo o IDEB baseia no resultado da avaliação, foram aplicadas em  novembro de 2021, quando muitas escolas estavam com sistema híbrido de ensino. 

Além disso, os dados do Relatório do Insper, mostram que  muitas escolas ainda adotavam o ensino remoto. Dessa forma, a participação dos alunos na  prova do SAEB foi menor e influênciou no resultado.

As perdas na aprendizagem

Conforme o estudo Educação em Pausa, divulgado esse ano pela UNICEF, em parceria com o Banco Mundial  e a  Unesco, as perdas de aprendizagem em todos os graus de ensino avaliados como matemática e leitura equivalem entre 4 a 15 anos de escolarização.

Esse estudo teve como base a evolução do resultado das provas do Saeb de 2019 a 2021. E a cidade avaliada foi São Paulo

Consequentemente, estudantes de São Paulo, que estudaram de forma remota, tiveram um retrocesso de cerca de 75% da aprendizagem presencial, nas disciplinas de português e matemática.

De fato, a educação brasileira se agravou bastante durante a  pandemia. Anteriormente, crianças e jovens não tinham acesso adequado  à internet e a educação não era tão bem avaliada nem no PISA, nem no IDEB. 

Portanto, com a pandemia, alunos, escolas e pais tiveram que se adaptar rapidamente. Assim, as desigualdades sociais, a perda de renda, a falta de acesso à internet, e a fome, tornou se  muito mais  difícil e desafiador para  os estudantes acessarem as aulas remotas com frequência.

Como podemos mudar essa realidade?

A fim de reverter esse cenário e diminuir essas desigualdades, professores, pais, estudantes e os governos devem se unir para debater e propor ações para diminuir as perdas no ensino.

Portanto,boas práticas podem ser adotadas para melhorar a educação como: A mesma qualidade de ensino em escolas rurais, urbanas, públicas ou privadas; valorização dos professores; melhoria ao acesso às tecnologias e adoção de metodologias de ensino que estimulem crianças e jovens a continuarem seus estudos. 

Enfim, a educação é a base para a construção de um mundo melhor e uma sociedade mais justa.

Escrito por: Adilson Junior.

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